Epistemologia e Ciência
De modo amplo e filosófico episteme é um conceito daquilo que é real e verdadeiro, assim de caráter científico, que se opõe a opiniões insensatas e sem fundamento, vem da filosofia grega, e em especial do platonismo.
Para uma definição mais ou menos consensual, no campo científico, epistemologia é o ramo da filosofia que estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento (daí também se designar por filosofia do conhecimento).
Não se pode deixar de vinculá-la com a metafísica, a lógica a psicologia
No entanto este conceito tem variado de formas, por exemplo, segundo Foucault (1926-1984) é um paradigma (portanto algo a ser investigado) segundo o qual se estruturam, em determinada época, os múltiplos saberes científicos, conforme especificidades de seus objetos.
Outra corrente metodológica importante que funda uma espectrologia moderna é a fenomenologia, ela dá importância aos fenômenos da consciência, os quais devem ser estudados em si mesmos – tudo que podemos saber do mundo resume-se a esses fenômenos, a esses objetos ideais que existem na mente, cada um designado por uma palavra que representa a sua essência, sua “significação”.
Um dos fundadores da fenomenologia é Edmund Husserl (19859-1938), filósofo, lógico e matemática, que cunhou a palavra Lebeswelt (lógica da vida), a partir da qual tentou conciliar o dualismo entre historicismo e psicologismo, embora ainda preso a conceitos metafísicos.
Pai da psicologia social, seu volume dos Prolegomena, ou “Investigações lógicas” é uma crítica ao psicologismo, ao afirmar que um sistema associativo pode associar e dissociar ao mesmo tempo, não se pode pensar que A é “A” e ao mesmo tempo pensar que A é “não A”, pois não se refere à possibilidade do pensar, mas à verdade daquilo que é pensado.
Fará também a crítica ao historicismo, em seu artigo “Filosofia como ciência rigorosa“, de 1910-11, tema que mais tarde será retomado por hans-Georg Gadamer em sua “A Questão da consciência histórica.”