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Abelhas, cigarras e redes

28 mai

Foi estudando os cris-cris das cigarras em bandos, que são sincronizados, que Duncan Watts decidiu estudar redes e encontrou o orientador Donald Strogatz e começou a estudar redes, os fenómenos dos mundos pequenos e dos seis graus de separação, a tese de doutorado de Duncan que depois virou artigo foi “The structure and dynamics of small-world system” (1997).

O estudo foi um sucesso e até hoje o artigo é um dos mais lidos em estudos de Redes Sociais.

Mas agora temos um caso inverso, as abelhas parecem aos poucos perder sua força e como polenizadoras da natureza sua ameaça de extinção começa a preocupar ecologistas, pesquisadores e agora também investigadores de Computação.

Um estudo que está sendo desenvolvido pela Universidade de Exeter, no Reino Unido, procura criar um “espaço virtual seguro” para as ameaças que as abelhas são confrontadas, criando um modelo computacional de dinâmica populacional de abelha em resposta a variáveis como pesticidas, parasitas e perda do habitat.

A ferramenta preditiva é chamada Bumble-BEEHAVE foi desenvolvida por Grace Twiston-Davies para ser um “sistema livre e fácil de usar” que “leva em consideração os muitos fatores complicados que interagem para afetar os zangões.

O resultado +e um espaço virtual seguro para testar as diferentes opções de gerenciamento, este modelo pode testar “seis espécies de abelhões britânicos em um ambiente que tem várias fontes de néctar e pólen”.

A pesquisadora Juliet Osborne, da Exeter, observa que a “simulação permite aos pesquisadores entender os efeitos individuais e interativos dos múltiplos estressores que afetam a sobrevivência do zangão e os mecanismos de feedback que podem proteger uma colônia contra o estresse ambiente que pode levar ao colapso a colônia em espiral.”

Ao ver em Portugal a quantidade de pólen no ar, que causa muitas doenças respiratórias, comecei a pensar neste grave problema que pode afetar a toda natureza, sem as abelhas a ameaça de um empobrecimento e desertificação será real.

 

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