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A Monotização do mundo

14 nov

Assim começa o texto de Stefan Zweig sobre a sua impressão do mundo contemporâneo: “Tudo está se tornando mais uniforme em suas manifestações externas, tudo nivelado em um esquema cultural uniforme. Os hábitos característicos dos povos individuais estão sendo desgastados, a vestimenta nativa dando lugar aos uniformes, os costumes tornando-se internacionais. Os países parecem cada vez mais ter deslizado simultaneamente uns para os outros; a atividade e vitalidade das pessoas segue um esquema único; cidades crescem cada vez mais parecidas na aparência.” (Zweig, 1925)
Com esta citação também começo o folheto de apresentação com o Dr. Jônatas Manzolli, professor de Artes da Unicamp, no nosso trabalho conjunto: “Transmediatic architecture of th Ode To Christus Hypercubus”, que é apresentada sexta-feira (16/11) no Palácio de Ceia em Lisboa, conta com a pianista Dra. Helena Marinho e a solista Beatriz Maia, ambas da Universidade do Aveiro.
Este pequeno relato pretende apresentar além da ode, o Trabalho fotográfico e a animação que relacionam música, imagens e um holograma em dimensões 3D com um imaginário espaço hipercubo que extrapola esta dimensão, inspirados na obra de Salvador Dali: Christus Hypercubus.
É por isso inspirada no Manifesto Místico de Salvador Dali de 1950 é uma fase decisiva e que muda a própria concepção de Salvador Dali, pode-se dizer para um pós-surrealismo, no qual a influência mística unida a nova concepção quântica do Universo, emergente e já muito influente em seu tempo, as obras Galateia de Esferas (1952) (foto), a desintegração da Persistência da Memória (1954), A última Ceia (1955), a Descoberta da América (1958-59) são obras desta fase.
O evento Artefacto 2018, ocorre em Lisboa no palácio de Ceia, nos dias 16 e 17 de novembro, com diversos outros trabalhos que podem ser encontrados no site do evento.

ZWEIG, Stefan “The Monotonization of the World”   Disp. em: germanhistoryDocs.gh.dc.org, 1925.

 

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