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O caminho da subida

22 abr

Tanto para a fé como para a ciência o caminho de subida é contemplar a verdade e como propõe o filósofo da ciência Karl Popper, trilhar o caminho da falseabilidade e a ciência como projeto humano, não é impassível de transformação, por isto surgem diversas teorias.
Porém a arrogância e uso de autoritarismo é incompatível com a fé, a Encíclica Veritas Splendor de João Paulo II, ao lado da afirmação da fé estabelece também na alínea 39: Não só o mundo, mas o homem mesmo foi confiado ao seu próprio cuidado e responsabilidade. Deus deixou-o «entregue à sua própria decisão» (Sir 15, 14), para que procurasse o seu Criador e alcançasse livremente a perfeição Alcançar. significa edificar pessoalmente em si próprio tal perfeição”, não se trata da perfeição platônica, mas exatamente da subida que Teilhard Chardin propõe, é, portanto, um caminho e não um estado, assim há pessoas capazes de atitudes externas, mas sem valores.
O diálogo pode ser estabelecido nestas circunstâncias, e há determinados assuntos, como é o caso da medicina e muitas outras profissões é necessário que a verdade, ou a verificação da falseabilidade como propôs Popper, seja verificada pela ciência.
Um comentário sobre a fé, é interessante que Jesus Ressuscitado que aparece depois da Páscoa, vai assar um peixe, conversar com Tomé que põe em dúvida que estaria vivo, exortar os discípulos, mas não há nele nenhuma demonstração de espetáculos ou de milagres.
O iluminismo pretendeu apresentar sua luz, porém é na “clareira” heideggeriana que a filosofia moderna encontrou um caminho, a retomada ontológica, e só através dela pode-se sair melhor da crise pandêmica, olhar um mundo terreno onde habita o Ser.
Temos que caminhar na luz, mas com a vida do dia a dia e não rejeitar a verdade, porém o caminho da falseabilidade, isto é, propor que alguma asserção é falsa até que prove sua verdade é um caminho seguro para a ciência e a fé não é cega, senão não dá esperança real.

 

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