O pico da crise e não apressar o futuro
Estamos no pico da crise e já se fala no pós traumático, não são poucos de médicos a sociólogos aqueles que querem apressar uma análise, a China saiu da crise, a Europa começa a nova etapa em 3 fases distintas e alongadas e o Brasil e países do hemisfério sul a inverno se aproxima.
A análise da curva e do pico feita por DataScience mostra que o distanciamento social valeu a pena, no entanto, as hesitações governamentais e a aproximação do inverno poderá mesmo se a curva achatar, os dados indicam que sim, poderá se alongar, isto é, a “nova normalidade” tardará.
O nome nova normalidade já exclui todas análises que indicam qualquer impossibilidade de voltar ao estágio anterior, isto é, uma vida agitada e desprotegida, aquilo que Edgar Morin chama de “intoxicação” do cotidiano, e um desenvolvimento econômico acelerado, com seu preço agregado.
O momento no Brasil e acredito que a maioria dos países do hemisférico sul é de criar condições ainda mais apertadas para desfavorecer o “relaxamento social”, de certa forma até compreensível já que a quarentena se fossem mesmo 40 dias, já estaria se esgotando, tudo indica que não.
Para complicar ainda as crises políticas, no caso brasileiro, se aprofundam e parecem não ter fim, o problema da governabilidade e da instabilidade política acelera e aprofunda a crise sanitária.
Concentrando nossos esforços e foco apenas na crise sanitária, a econômica e a social existem no entanto não deveriam justificar mortes e crise na assistência sanitária, devemos considerar que estamos no patamar superior da curva, e os números parecem estabilizar, são altos é verdade, se tomarmos a sério o #lockDown já poderíamos estar vislumbrando uma saída, mas não é o caso.
Uma das consequências da pandemia é a chamada Síndrome de Kawasaki, na Inglaterra por exemplo, o Sistema de Saúde (NHS, é a sigla em inglês) já detectou um aumento no número de crianças com inflamação multissistêmica, problemas gastrointestinais e inflações físicas.
Em meio a primavera, mas já com sinais de verão, a Europa retornará aos poucos as atividades, e poderemos perceber como os problemas sociais e econômicos serão enfrentados, aqui é futuro.