A sabedoria e amor na hominização
Sabedoria não é o mesmo que inteligência, cultura ou astúcia, é algo límpido e puro que é vida plena, assim é também uma virtude, chamada de cardeal junto à justiça, fortaleza e prudência.
A cultura é ligada a tradição cultural dos povos, pode e deve estar ligada a sabedoria porque é o único caminho que pode ajudar o processo civilizatório (ou de hominização como chamada Edgar Morin) tornar-se um caminho seguro e sustentável.
Aqueles que precisam dominar pela força caminham pelo caminho do poder, ali pode haver algo de inteligência, em geral há, porém é usada no sentido contrário ao civilizatório, o argumento que as guerras ajudaram a evolução só é válido porque tiraram lições amargas da guerra, que poderiam tirar se a inteligência fosse de falto elevada e imbuída do amor.
Sabedoria e amor na hominização
A astúcia é a mais perigosa inteligência porque em geral liga-se ao poder e a opressão, cria caminhos inteligentes, mas repletos de armadilhas para si e para os outros, não é caminho de solidariedade e comunhão entre os povos e culturas.
Assim a virtude da natureza é aquela que mais aproxima o homem da consciência divina, ou da nossa divina consciência, e assim o homem encontra um caminho sólido para sua hominização.
O sábio sabe viver na pobreza e riqueza, sabe dominar-se na guerra, a prudência é a virtude que mais se alia neste aspecto, sabe viver na paz, não se agita com ela porque sabe que é o verdadeiro estado de graça, aqueles que precisam de bens ou de abundância para viver bem estão mais próximos dos vícios do que das virtudes.
Junto ao amor, a virtude da sabedoria contém as outras, alia-se a prudência, a coragem (fortaleza) e a justiça, não a dos homens que é imperfeita e sem misericórdia, mas a divina.