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A crise civilizatória e a paz
O míssil na Polonia e o atentado de Istambul podem não ter relação nenhuma, mas se tiverem é a eclosão de uma crise que pode levar a terceira guerra mundial, isto porque na Turquia uma mulher do PKK, o partido Comunista Curso foi acusado de planejar o atentado recente enquanto o míssil que caiu na Polonia, que é um país membro da OTAN pode ter saído de alguma base russa.
O processo de polarização mundial já está em processo visível desde a eleição de Trump nos Estados Unidos, em 2017, a ideia da America voltar a ser grande, encontrou resposta da atual concorrente China e mais recentemente da Rússia que volta a sonhar com a grande pátria soviética.
Postamos diversas vezes sobre o perigo do inverno, porque ele é estratégico para a guerra, os países da Otan e a Ucrânia que deve resistir a escassez e ao preço alto do petróleo e do gás, e a Russia que desestabilizou as usinas e fontes energéticas na Ucrânia para fragiliza-la durante o inverno, o que atinge também a Europa.
O desejo da paz permanece entre os homens de boa vontade, os religiosos de verdadeira fé, que não exclui religiões orientais e muçulmanas, porém o quadro é cada vez mais preocupante e a guerra não precisa só de armas, precisa principalmente de lenha na fogueira da atual polarização que esconde os verdadeiros interesses econômicos que financiam até mesmo reuniões bem intencionadas no planeta, porém com o desejo oculto de dividir para reinar, há grandes interesses econômicos e de mercado em jogo.
Assim a paz deve partir de uma atitude cotidiana, de esperança, de tolerância e de fraternidade, que em clima de guerra torna-se cada vez maior, mais declarado e envolvendo um número maior de pessoas.
Os frutos de uma guerra e da polarização para a população mais frágil é evidente e não há dúvida, cairá sobre os mais pobres e mais vulneráveis o preço mais alto de atitudes beligerantes.
A arrogância, a intolerância e a avidez pelo poder dos mais gananciosos ultrapassam os limites da civilidade e desafiam até mesmo sinceros pacifistas, querem tornar o conflito inevitável e daí tirar proveito.
O simbolismo bíblico da divisão humana está descrito na divisão política de Jerusalém (mapa).
A passagem bíblica onde Jesus dizia sobre seu desejo de paz em Jerusalém, simbólica até hoje por concentrar grandes conflitos, é significativa também para os dias de hoje (Lc 19,42-44):
“Se tu também compreendesses hoje o que te pode trazer a paz! Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos! Dias virão em que os inimigos farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados. Eles esmagarão a ti e a teus filhos. E não deixarão em ti pedra sobre pedra. Porque tu não reconheceste o tempo em que foste visitada”.
Não há religião em desejos beligerantes, eles não são dignos e nem se confunde com a fé e a esperança verdadeira.
A árvore boa dá fruto bom
A ideia que é preciso desorganizar para obter uma nova ordem, não é revolucionário nem democrática é reflexo de má doutrina e más teorias, é preciso manter-se um caminho sereno e tranquilo para que se produzam frutos de uma sociedade saudável e equilibrada.
Estamos longe disto, porém a ruptura pode significar um mal ainda maior e sabemos que não se trata de valores apenas nacionais, mas internacionais, dá-se nomes diversos para isto: o grande reset, uma nova ordem mundial, crise do capitalismo ou do socialismo (ambos tem problemas) e no fundo é um processo de crise civilizatória.
Que crise é esta, aquela que diversos teóricos e políticos apontaram no passado, fruto das teorias totalitárias e perversas de poder, da fragmentação do conhecimento que não vê o homem como um todo, mas em aspectos específicos e [e claro de mentes poucos saudáveis que conduzem a sociedade para caminhos tortuosos.
Duas guerras, regimes totalitários (não esquecer as ditaduras de Franco na Espanha, De Gaule na França, Mussolini e Salazar), revoluções socialistas, crises do capital, sacrifícios das colônias africanas e radicalismo islâmico no mundo árabe.
O cenário pode preparar o maior dos engodos se não atentarmos para os frutos daqueles lideres que mesmo propondo a paz, a harmonia social e a defesa do meio ambiente preparam interesses escusos e inconfessáveis nos bastidores.
A parábola bíblica dos empregados que são deixados valores para administrar os bens do dono que viaja para longe serve para identificar os verdadeiros bons administradores através de seus frutos, diz a passagem depois do dono elogiar os bons administradores que deram bons frutos para da administração, diz ao que não fez nada com o que lhe foi dado para administrar (Lc 19,22-23):
“ ‘Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Tu sabias que eu sou um homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. Então, por que tu não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros”, não é difícil identificar estes maus administradores.
Claro a passagem bíblica fala da vida espiritual, mas a lição dos bens materiais não deixa de ser importante, maus administradores levam ao empobrecimento e a perda dos ganhos sociais.
Novo Alerta da Covid 19 e a guerra
O crescimento repentino de casos de Covid 19, na nova variante que postamos aqui na semana passada BQ.1, fez as autoridades fazerem um novo alerta, e num primeiro momento completar a vacinação especialmente para aqueles que não tomaram a segunda dose de reforço, segundo dados das secretarias estaduais seriam de 68 milhões de pessoas.
Também o uso de máscaras em ambientes fechados volta a ser recomendado, assim como um bom distanciamento social, em especial nos idosos e imunossuprimidos.
A curva ainda aponta para um número baixo em todo país média móvel acima de 8 mil casos, entre pessoas públicas no Brasil o repórter Galvão Bueno e a cantora Joelma foram diagnosticados com a Covid 19, também há noticiais de casos de internação, embora os especialistas dizem que a subvariante é mais fraca que as anteriores.
De acordo com a Fiocruz os estados mais afetados pela nova onda são os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Amazonas, porém já há casos e praticamente todos estados brasileiros, no exterior esta onda já estava noticiada desde outubro.
DE acordo com o coordenador da área na Friocruz: “Como os dados laboratoriais demoram mais para entrar no sistema, é esperado que o número de casos nas semanas recentes sejam maiores que o observado nesta atualização, podendo inclusive aumentar o número de estados em tal situação”.
É recomendável retomar as medidas de proteção como higienização das mãos e uso de máscarsa.
Como sempre postamos um panorama da guerra no leste Europeu, cuja preocupação cresce com a chegada do inverno, a noticia importante da semana é a retirada das tropas russas em Kherson, porém as dificuldades de fontes energéticas na Ucrânia são crescentes, após os bombardeios estratégicos russos.
Cresce a ideia de algum tipo de acordo que possa ao menos dar uma trégua durante o inverno.
Apostasias, heresias e o futuro
Sempre que um poder terreno está em xeque é comum reivindicar um poder divino que estaria acima do humano para justificar atitudes heréticas ou apostatas.
As crenças humanas também não estão fora desta análise, acreditar que há formulas mágicas para resolver problemas históricos e culturais de um povo é uma forma de heresia, pois os estudos sociais e econômicos não se esgotam em torno deste tema, há sempre uma dose de empirismo.
Brinca-se até entre economistas, que a economia não é uma ciência exata, mas totalmente empírica é uma aventura que pode levar a grandes equívocos, não por acaso Karl Marx estudou Adam Smith e David Ricardo, os maiores economistas do seu tempo e que eram conservadores e assim o que não se submete a estudos não passam de crenças e heresias sociais e humanas.
A apostasia vai para o campo empírico das religiões, onde há dogmas e doutrinas pré-estabelecidas e com intuito de moderniza-las criam-se falsas religiões e que quase sempre, há casos raros, caem em valores sociais e humanos que nada ou pouco tem relação com a fé.
Apontamos em posts desta semana três apostasias, o poder humano que se confunde com o de Deus, os valores financeiros que se confundem com os valores aquela que quer domesticar Deus em um locus específico, um templo ou lugar, sem considerar sua presença entre os homens, em especial, aqueles que não estão em apostasias nem em heresias.
Há uma última relacionada ao poder, comum em nosso tempo que é das profecias, que é um tipo de apostasias, Jesus quando questionado afirmou: “Não sabeis a hora nem o dia” (Mt 24,36), e mais ainda num trecho logo a frente a parábola que diz que que se o dono da casa sobesse que horas viria o ladrão se prepararia (Mt 24:43-44).
É fato existem muitos falsos profetas, a sua grande maioria, e existem revelações raras e de fato autenticas porém só saberemos numa hora “inesperada”, também no tempo de Jesus muitos se diziam o profeta, e João Batista que é o último e maior dos profetas, dizia que não era ele.
São tempos sombrios e de grandes mudanças, oportunistas não faltam, mas há uma fé e uma esperança verdadeira naqueles que estão no verdadeiro “locus” a presença do Amor entre nós.
Em tempos de grandes mudanças tudo isto é comum, e sempre há uma revelação divina clara.
Religiões e negócios
Uma sociedade incorpora valores em sua forma de organização, assim uma sociedade baseada no mercado pode imaginar que tudo é mercado, inclusive a religião e a política, mas não é.
A política deve cuidar do bem comum e a religião deve ressaltar os aspectos espirituais, não significa que os humanos não existam, mas transforma-la num comércio é mudar sua essência.
Não se trata de nenhuma religião ou crença específica, todas aquelas que se comercializam acabam confundindo seus verdadeiros valores com aqueles que a sociedade moderna incorporou, o negócio, a venda e a troca, enfim valores que não são aqueles que de fato fazem uma ascese.
Todas as religiões estão sujeitas a isto, todos podem se transformar em negócio, porém não há nada de divino nisto, sua essência é apenas o negócio e as formas para justifica-lo.
O cristianismo não é diferente, não havia sinais de riqueza em Jesus, também é verdade que não viveu uma vida austera, como foi por exemplo a de João Batista, seu precursor, diziam até que ele era comilão e beberrão, gostava de boa mesa e deixou seu memorial numa mesa (eucaristia).
Uma passagem bíblica lembra que Jesus se revoltou ao ver o comércio em um templo (2Cor 6,16) e fez um chicote de cordas para expulsar “junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas”, não por acaso são estes que se agarram ao poder terreno.
O melhor exemplo de discípulo de Jesus e que é venerado em muitas religiões foi Francisco de Assis, filho de um milionário de tecidos, decide por uma vida humilde e cheia de sacrifícios, e ainda Francisco era amante da natureza e também é lembrado por isto.
Uma canção deste grande personagem do cristianismo diz ainda que ele era homem de paz, e na canção há um trecho que diz: “onde houver ódio que eu leve o amor”, o mundo precisa de Amor.
Nos aproximamos do final de ano, estranho porque é um ano de Copa do Mundo para os que gostam de futebol, mas também das festas de final de ano, que reencontremos Amor e Paz.
Teocídio II: o que é cristianismo
Um levante contra forças cristãs mais conservadoras faz parte desde o início da Modernidade, não pela reforma que foi uma disputa entre concepções cristãs de aliarem-se ao poder e aos valores terrenos e o esquecimento da palavra.
Teocídio é a ideia que matamos Deus, e não que Deus morreu, e levante é essa tentativa inútil.
O primeiro grande levante foi considerar as coisas divinas entre as humanas, e entre elas o poder, já no tempo bíblico do antigo testamento os homens queriam ter reis (como os outros povos diziam) e não juízes que eram os responsáveis pelas comunidades hebraicas, e Deus
No início do novo testamento, cuja palavra máxima é “Eu vou dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros” (Jo 13,34), é anunciada a boa nova a todos povos, e todos povos são chamados a ela.
Na modernidade, no campo do liberalismo, a doutrina cristã também foi minada muitos foram os movimentos anticlericais, hoje são lembrados os “iluminati”, que nada mais é que o iluminismo em face aos cristianismos “supersticiosos”, a ideia de criar uma religião racional e terrena, que aos poucos tomou conta da civilização ocidental.
Os valores cristãos assim ficaram mais ligados ao conservadorismo, a concepção de moralidade, família e nacionalidade que sobreviviam aos valores cristãos sufocados pelo racionalismo e pela concepção de “contrato social” do estado: John Locke, Adam Smith e Robespierre representam a doutrina da modernidade em campos distintos.
O levante atual consiste em destruir isto que restou, um resto de conservadorismo que resistiu ao ataque aos valores cristãos originais: o amor, a solidariedade e a paz, também é parte do levante os que se aliam de modo oportunista a determinadas formas de poder.
O que resulta disto é uma casa de pernas pro ar, porém ela é também parte de uma arrumação da casa, os apocalípticos veem apenas o “final dos tempos”, porém a verdadeira fé cristã vê em tudo a ação de Deus e o seu poder, desconhecido pela humanidade e parte do cristianismo, o seu poder acima dos percalços humanos e terrestres, os valores e poderes humanos são temporais e não eternos.
Os levantes, que são ações no campo espiritual dos valores, sacodem a humanidade, porém também ele está submisso a vontade divina, no final ela prevalece.
Nova variante e a guerra na Europa
Uma nova variante chamada de BQ.1 circula no país, segundo a infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Intectologia, ela é uma variante da ômicron, e é “a mesma cepa que circula hoje na Europa e causou o aumento de infecções em países como a Alemanha e França”.
Não há mudanças em relação aos sintomas, que continuam tendo, para a maioria dos pacientes, os mesmos sintomas das anteriores: doeres de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.
Uma variante já havia sido encontrada no Amazonas em 20 de outubro, segundo a unidade da Fiocruz no estado, o que fortalece que ela já circula no país.
A guerra na Europa segue, a Rússia completou o alistamento de 300 mil soldados para a guerra, mantem a cidade de Kherson em seu domínio com a retirada de habitantes e sabe que o inverno atuará a seu favor.
O clima na Europa vai esfriando, mesmo sendo outono, dezembro já é muito frio e as vésperas do natal começa oficialmente o inverno, o aquecimento depende de gás e principalmente a Ucrânia já enfrenta problema de energia devido a guerra.
Os Estados Unidos começam a pressionar a Ucrânia para voltar a sentar-se a mesa por um acordo de paz, representará na verdade uma trégua, mas permitirá um inverno menos sombrio para a Europa e para a economia que já está em crise.
Quem poderia funcionar como mediador é um problema também, nesta altura o papa não é uma boa resposta, já que será preciso uso da força para manter algum tipo de acordo, a Turquia que havia se prontificado ou a própria ONU podem ser mais adequado para o grave momento do conflito.
Diferente de outros finais de ano, teremos um fim de ano sombrio, será difícil falar de paz, de amor e de harmonia, por todo o globo há dificuldade, no oriente por exemplo, a Coreia do Norte ameaça e colocou Japão e Coreia do Sul em alerta.
Felicidade e valores
O humanismo na modernidade baseou-se na separação entre o sujeito e os objetos, assim toda subjetividade humana (nela se incluem os valores como humildade, compaixão e tolerância, entre outros) fica relegada a um plano sentimental e a objetividade refere-se apenas ao que é material.
Postamos sobre a humildade, o humus de onde brota a vida, a tolerância ao erro de onde brota o perdão e a mudança de rota e de onde brota a vivência de cada momento coo se fosse o último.
A felicidade não depende só de cosias materiais e não só os psicólogos que dizem isto, também os médicos e alguns sociólogos defendem a alegria de viver, neles há sabedoria real da vida, coisas aparentemente contraditórias como felicidade dos humildes, dos que sofrem, dos que tem fome e sede de justiça e daqueles que são perseguidos por suas crenças e valores.
No texto bíblico, explicando que religião é uma prática de valores que “religa” céu e terra, assim não é da terra para o céu (uma sublimação de valores) nem do céu para a terra (como querem os espiritualistas), mas dos que conhecem e vivem os ensinamentos religiosos, o maior deles, o Amor.
Assim diz o trecho bíblico das chamadas “bem-aventuranças” (Mt 5,4-6): felizes os “aflitos, porque serão consolados, … os mansos, porque possuirão a terra.d os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” entre outros valores como: felizes os que são perseguidos os que desejam a paz porque serão chamados filhos de Deus.
Não há contradição entre céu e terra, ela existe entre os que estão apegados só ao céu (tudo fica no plano subjetivo) ou só a terra (tudo fica no plano da materialidade), e o complemento dos dois depende de amor, mas também de esperança e fé.
O Anuncio da ultima felicidade é de fato uma bem aventurança, porque poucos realmente tem fé, diz o trecho (Mt 5,11-12) “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim, alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”.
O erro e o caminho novo
Nem tudo que parece perdido o está de fato, é sempre possível a retomada do caminho, um novo alento, a aprendizagem com os erros do passado, e todos nós erramos, porém poucos estão disposto a retomar um caminho e seguir em frente.
Aqueles que não estão dispostos também não devem ser considerados perdidos, com paciência e sem preconceitos é possível mostrar que existe um caminho da serenidade, da solidariedade e da vida feliz, é preciso para isto empatia e paciência.
Por outro lado convicção de que se está no caminho certo pode levar a dogmatismos equivocados (o dogma da fé por exemplo, deve ser dogma dos misericordiosos e não dos acusadores), e também os que se julgam certos podem estar indo por carinhosos tortuosos, é preciso diálogo.
Para quem tem fé ter o caminho certo requer a presença do Espírito Santo e depende de não pecar.
Se estivermos certos e convictos que nossa retidão e clareza pode auxiliar a encontrar o que está perdido então devemos ter uma atitude empática, paciente e resiliente, em tempos sombrios a radicalização é má conselheira e pode levar a maiores perdas do que aquelas que se julga perdida.
Há uma parábola bíblica no Evangelho de Lucas (Lc 15:4) que fala da ovelha perdida, que há mais alegria de encontra-la do que o rebanho que caminha unido, assim lançar a busca aos distantes, aos diferentes é antes de tudo sabedoria e caminho.
A parábola bíblica diz que há mais alegria no céu por uma ovelha perdida que foi encontrada, que outras cem que já est]ao no rebanho.
Também em outro trecho diz-se que ao encontra-la vai cuidar das feridas, tratar com alimento e dar condições de recuperação, assim a paciência e a empatia devem continuar presentes.
Um ambiente hostil e violento não favorece ao encontro, mas ao desencontro, ao ódio e isto só leva ao erro e a mais caminhos perdidos.
Humildade: virtude especial
Os dicionaristas brasileiros apresentam a humilade,“a virtude com que manifestamos o sentimento de nossa fraqueza ou do nosso pouco ou nenhum mérito”, enquanto que o segundo a considera a “virtude caracterizada pela consciência das próprias limitações”, ou, “um sentimento de fraqueza, de inferioridade, com relação a alguém ou algo”, porém fraqueza aqui é caminho para sua superação e não simples infelicidade.
Quanto sabemos aquilo que somos fracos passamos a tentar superar por caminhos diferentes daqueles que nos fragilizaram e assim não é manifestando o orgulho ou a incompreensão que vamos superar aquilo que nos fragiliza.
A palavra humildade assim vem de humus, que significa algo que perece para dar vida ao novo, [e a adubação e as sementes que morrem para dar vida, se não morrer não dará fruto.
É certo que o conceito no senso comum foi deturpado, por exemplo ela é uma pessoa “humilde” só no sentido de pobreza ou fragilidade social, porém muitas vezes são pessoas que lutam e que merecem todo respeito social, mesmo que a sociedade como um todo não a valorize.
Não há crescimento pessoal sem humildade, ela cria presunçosos e rancorosos, pessoas incapazes de refletir sobre o erro, sobre a tolerância e sobre a diferença de opiniões e conceitos.
Assim o orgulho torna-se uma soberba, a ideia de que alguém é algo que na realidade não é, já postamos sobre a ostentação, aquela pessoa que possui riquezas, mas é pobre no seu uso ou na generosidade com os outros.
A descrença é uma soberba, diz o versículo bíblico (Mt 5,3): “Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”, ter este tipo de humilde significa aceitar a sabedoria divina, que supera toda o conhecimento humano.