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Arquivo para dezembro 11th, 2017

Aplainar os caminhos e o idealismo

11 dez

Uma séria doença social criada por mentalidade idealista é o perfeccionismo, tanto quanto oAplainarOsCaminhos econômico e a visão de conhecimento, este traço de busca da “perfeição” é aquele que mais afetou e se desenvolveu no mais profundo da psicologia humana o idealismo, mas ele traz diversos transtornos e não aplaina nenhuma estrada humana, menos ainda a divina.
O ideal geométrico, prédio e construções retilíneas, a moral eticista do Estado (Hegel a definiu assim), senhor até mesmo da vida e da esperança das pessoas, não traduz de fato o que é ético, correto (e o reto é apenas um apelo geométrico) e o que é bom para natureza humana cheia de contornos e imperfeições, que não deveriam ter este nome, talvez a melhor tradução na linguagem contemporânea seja complexidade.
O perfeccionismo pode levar a sintomas como ansiedades, transtornos obsessivos, embora tecnicamente não seja uma doença, está na raiz e o que é pior no pensamento de muitos “ideais” políticos, econômicos e até mesmo religiosas, que não ajudam o humano, apenas tentam aprisioná-lo, como se fosse a única solução possível.
Aplainar os caminhos da humanidade deveria ser justamente o contrário, permitir que o humano se desenvolva, descubra possibilidades e equívocos, realize o processo de aprendizagem que dura (muitas vezes) a vida toda. não só a caminho de uma perfeição inatingível, mas aquela que torne o homem feliz e pode sim dar-lhe plenitude.
O fato que crescem doenças como depressão, diversas síndromes e os relacionamentos humanos estejam tão difíceis, não é outra coisa senão a dificuldade de tratar com o que é “imperfeito” em sua complexidade, não há pessoas iguais, sequer a erros iguais, cada um que o comete o faz por alguma nova necessidade de aprendizagem, esta é por exemplo, a dificuldade da chamada geração “nem nem”, por erro de um excesso de proteção.
Aplainar os caminhos para um novo “avento”, um tempo novo, significa antes de mais nada reencontrar o homem, que não é o perfeito, aquele do “ideal” platônico de beleza e pureza, mas o homem real a caminho.