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Arquivo para setembro, 2022

A aflição e a salvação

03 set

Ao contrário do que pensa o senso comum, os aflitos não estão entre os desgraçados, mas entre os injustiçados, é preciso então pensar na vida do justo e na sua salvação.

Conforme escrevemos anteriormente: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados, bem aventurados os mansos porque possuirão a terra”, e, versículo 9: “bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” e estes são os justos e sofrem afliação.
Mas a ajuda fundamental de Kierkegaard é sobre a questão da identidade, definições enquanto ser-em-si e ser-no-mundo, e, o conceito de eterno que é um lançar-se no “infinito” que é onde está a salvação, ainda que o filósofo não o declare exatamente assim.

Assim é preciso ser que o cálculo que fazemos quando enfrentamos injustiças está entre uma conta que só diante do infinito e das consequencias ela pode ser definida, e como postamos ao contrário a queda se poderia colocar os trechos bíblicos do novo testamento as bem aventuranças em Mt 5,1-12, do versículo 5:“bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.

Assim é preciso entender este cálculo quando feito ao se referir ao cálculo da salvação feito em Lc 14,28-30: “Com efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar!’”.

Esta paz é diferente da “paz perpétua” proposta por Kant e pelo idealismo (veja nosso post), ela resultou em duas guerras e na crença que o estado poderia resolver todos conflitos.

 

Entre a aflição e a paz, o infinito e o eterno

01 set

Muitos procuram uma felicidade a qualquer preço, por isto refletimos no início da semana a empatia, depois refletimos sobre a angústia e a aflição que estão no pensamento e no sofrimento, mas são eles que, se bem entendidos nos levam a felicidade real e a paz construída.
O “Conceito de angústia” (1884) de Kierkegaard mostra múltiplas formas da angustia: da liberdade ou do nada, há uma escolha pessoal disto que o autor chama de escolha de a si, a angustia do bem e da obstinação, a angústia da sexualidade, a do amanhã e a do finito, é ela que precede a fé.
Neste ponto é possível ligar a uma visão fenomenológica, e ainda ligá-la a interpretação do trecho bíblico da queda do homem no pecado (Genesis 3), ignorando pela cultura iluminista/idealista, que é a angústia da liberdade ou da escolha que ocupa um papel essencial para o Ser.
Segundo Kierkegaard o homem é chamado, enquanto espírito (acrescento e mente), a colocar a relação entre os elementos que o caracterizam estruturalmente, de igual modo, aqueles que podem conflitar entre si (corpo e alma, temporalidade e eternidade), escolhendo uma forma de existência entre as inumeráveis que historicamente se lhe apresentam, aqui a fenomenologia.
Embora inumeráveis, Kierkegaard pedagogicamente enumera algumas que são escolhas em três estilos (ou “estádios”) de vida: o estético, o ético e o religioso, é redutivo, mas interessante.
A abertura que vejo (nele é só existência, mas poderiam ser essência enquanto Ser) é aquilo que a angústia é, portanto, “o nada” que que cada pessoa em sua indeterminação o “é” no momento de estabelecer a síntese a ponto de dar-se uma “identidade”, tema controverso no idealismo, aqui que penso ser possível conectá-lo ao “ser no mundo” de Heidegger, embora conceitos diferentes.
Contrário a queda se poderia colocar os trechos bíblicos do novo testamento as bem aventuranças em Mt 5,1-12, destacamos duas que tratou-se nestes dias, versículos 4 e 5: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados, bem aventurados os mansos porque possuirão a terra”, e, versículo 9: “bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”.
Mas a ajuda fundamental de Kierkegaard é sobre a questão da identidade, definições enquanto ser-em-si e ser-no-mundo, e, o conceito de eterno que é um lançar-se no “infinito”.