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No mesmo barco: a Hiperpolítica

04 dez

O pensamento é de Peter Sloterdijk em “Juntos no mesmo barco: ensaioNoMesmoBarco sobre a hiperpolítica” no qual sentencia: “O que falta à ´teoria e prática’ é a implantação de uma política para uma era sem impérios. Nós a chamamos de hiperpolítica porque podem ser sinalizadas crescentes exigências à arte do pertencer-se … “ (Sloterdijk, p. 81-82).

O autor vai dizer que passamos da megalopatia à megalomania referindo-se aos grandes sistemas de pensamentos, ideologias e projetos faraônicos, no que diz respeito “aos chefes de movimentos, pode-se observar que eles compensaram sua incapacidade de resolver os grandes problemas” (Sloterdijk, p. 80).

Sloterdijk começa o livro citando Bismarck, que afirmava que a política é a arte do possível, em afirma “o ataque ao Estado por crianças grandes”, que brincam de governar. (pag. 9).

Acrescenta a “arte do possível é equivalente à capacidade de proteger o espaço da política contra exigências oriundas do impossível.” (p. 9) é claro das más teorias, que resultam em desastres, que depois se sai a procura de “culpados”, são estas as “crianças crescidas”.

Sloterdijk dá uma receita sobre o ocidente: “quando hoje os ocidentais se descrevem facilmente como democratas, na maioria das vezes o fazem não porque reivindicam carregar a coletividade em esforços diários, mas porque, com razão, consideram a democracia uma forma social que lhes permita não pensar o Estado e na arte do pertencer-se” (p. 85)

Ao descobrir uma sociedade inteira com sede do pertencer-se, as redes, ficam preocupados e devem ficar, pois este direito lhes foi roubado pela democracia representativa, é preciso “pensar” o Estado e o sentimento de pertença a todos e não aos megalômanos e megalopatas.

O jogo da corrupção, dos lobbies e do poder pelo poder minou a democracia representativa, a conclusão é minha, pensar de verdade no coletivo será possível daqui alguns anos.

 

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