Corona vírus: a flexibilização e a endemia
Vários países no mundo se preparam para uma segunda onda do corona vírus, o Brasil não saiu da primeira e a parecer estacionado num platô em torno de mil mortes diárias, muitos analistas alegam que o Brasil é diferente por sua extensão territorial, desigualdade social e densidade populacional, muito bem, mas a Índia e China também e controlam a infecção com medidas duras.
Vários especialistas e infectologistas apontam que a política de flexibilização pode ser adotada se for admitido a possibilidade de reversão, isto é, onde o número de casos se agravar volta a quarentena, mas o esgotamento da população depois de mais de 100 dias não permite mais.
Aline Dayrell, professora e coordenadora do curso de Epidemiologia da UFMG, diz que só teremos segurança total se 70% tornar-se imune, veja que sãos os mesmos índices do isolamento social desejado, e o Prof. Carlos Fortaleza infectologista da UNESP-Botucatu diz a segunda onda é a possibilidade de qualquer doença transmissível, desde que a população não esteja imune.
A Índia com mais de 2 meses em abril, após o primeiro caso de infecção tinha 800 e 27 mil infectados, sendo mais populoso que o Brasil, porém os números se aceleraram e 4 dias atrás registrou 2 mil mortes diárias, mostrando que mesmo as medidas duras não foram suficientes.
China e Nova Zelândia que aparentemente tinham controlado o corona vírus, já admitem que é uma endemia, isto é, que não é possível erradicar totalmente a pandemia sem uma vacina.
“O risco de propagação da epidemia é muito alto, por isso devemos tomar medidas resolutas e decisivas”, disse Xu Hejian, porta-voz do governo da cidade de Pequim, epicentro da segunda onda do covid 19, na Nova Zelândia houve o caso de duas pessoas que vieram do Reino Unido para participar de um funeral, caso excepcional que o governo admite e que vai rever.