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Alienação e espírito absoluto

30 mai

Georg Wilhelm Friedrich Hegel (Alemanha, 1770-1831) é considerado o último dos filósofos modernos e que escreve de modo sistemático, onde a teria forma um corpo.

A compreensão do que é alienação passa absoluto, tanto em Hegel como no filosofo Marx, o pensamento puro se torna pensamento sensível, visando uma realização material na forma de trabalho, e se nos alienamos, nos separamos da essência pura e abrimos caminho para uma separação entre ideal e real, que se unem naquilo  que Hegel chamou de Espirito Absoluto.

É na relação de poder que ambos se encontram de vencer e ser vencido que a veem: “O senhor é a potência que está por cima desse ser; ora, esse ser é a potência que está sobre o Outro; logo, o senhor tem esse Outro por baixo de si: é este o silogismo [da dominação]” (HEGEL, 1988, p. 130).

O dualismo idealista se torna diabético, a ideia d senhor e do escravo não valoriza uma de si de consciência-de-si mais do que a de um outro, no capítulo IV fala de duas consciências-de-si que vão se confrontando, assim não é possível  diálogo e a fusão dos horizontes, mas a oposição.

“Portanto, a relação das duas consciências-de-si é determinada de tal modo que elas se provam a si mesmas e uma a outra através de uma luta de vida ou morte. Devem travar esta luta, porque precisam elevar à verdade, no Outro e nelas mesmas, sua certeza de ser-para-si. Só mediante o pôr a vida em risco, a liberdade [se conquista]…” (HEGEL, 1988, p. 128).

Hegel não destruiu e nem abandonou a religião, apenas a reescreveu a seu modo: ”A religião é o modo pelo qual a humanidade é consciente da verdade e ela é para todo mundo, ao passo que a filosofia não é acessível a todas as pessoas (HEGEL, 1988, p. 106).

Afirma até mesmo que a religião é necessária, nela o conteúdo deve se tornar objetivo para a consciência sensível e depois, por meio da reflexão, ser compreendida na forma do universal, isto é, do pensar (HEGEL, 1995, p. 133).

HEGEL, G. W. F. Introdução às Lições sobre História da Filosofia. Porto: Porto Editora, 1995.

_______ Fenomenologia do Espírito. Trad. Paulo Meneses e Karl-Heinz Efken. Petrópolis: Vozes, 1992.

_______ Lectures on the Philosophy of Religion: The Lectures of 1827, One-volume edition. Berkeley: University of California Press, 1988.

 

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