Governo do Yemen pode deixar o poder
Em viagem na Arábia Saudita, o ditador Ali Abdullah Saleh, admite a possibilidade de sair do governo, enquanto crescem os problemas políticos e econômicos de seu país. No dia de ontem partidários manifestantes contrários ao seu governo enfrentaram os partidários ao seu regime nas ruas.
A República do Iêmen unificada nasceu em 1990, quando os tradicionalistas do Norte e os marxista do sul se fundiram após anos de guerras, mas a paz foi interrrompida em 1994 e uma curta guerra civil que terminou com a derrota dos separatistas do sul e a sobrevivência do Yemen unificado.
Um país onde muitas pessoas ainda vestem roupas tradicionais e tem o costume de mascar o khat, planta narcótica cuja plantação se expandiu enquanto a plantação o famoso café árabe foi se reduzindo.
O país é acusado também de ser refúgio de militantes islâmicos radicais.
Desde o verão de 2009, centenas de pessoas foram mortas e mais de um quarto de milhão de pessoas foram deslocadas por confrontos entre tropas do governo e os rebeldes do norte Houthi pertencentes à minoria xiita.
Mas desde o início das mudanças no mundo árabe, tanto as manifestações como o desejo de mudanças se transferiu para a “primavera árabe”.
No meio disto tudo “Toda noite, um terço do povo iemenita ir para a cama com fome”, alerta o WFP (UN World Food Programme), o programa de alimentação da ONU.
Uma das novas lideranças desta “primavera” no Yemen é Tawakoul Karman, responsável pela criação de uma organização de mulheres chamada “Bila Quyud” (Sem Correntes), e embora sua militância seja recente, é uma ativista respeitada, que lhe valeu o prémio Nobel da Paz deste ano (veja nosso post).