Arquivo para abril 14th, 2017
Porque mataram Jesus ?
Especulações sobre a existência da figura “histórica” de Jesus não resiste a análise histórica, a Censo realizado no nascimento de Jesus, a coincidência com o período da Páscoa Judaica (a contagem de anos judaica continua a ser a antiga), o fato que ressuscitou no terceiro dia, pode ser questionável, mas a própria busca de seu corpo até os dias de hoje, é uma prova histórica.
O fato que não acharam seu corpo faz agora céticos afirmarem sua inexistência, pós-verdade.
Mas porque o mataram, remete a quem o matou, porque assim sabemos as motivações.
Os judeus matavam por apedrejamento, decapitação ou degola, crucificação era desconhecida e método romano, que o fazia por motivos políticos, e a soltura de um preso e a crucificação de outro era uma forma de “agradar” os judeus, que preferiram soltar Barrabás.
Os chefes da lei (judaica) e os judeus tinham desconfiança porque Jesus “infringia” leis judaicas como “trabalhar” no sábado, na verdade curava e se proclamava “rei” dos judeus, e repudia o poder de Pilatos quando este questiona se ele é rei, assim a frases “rei dos judeus” acima do crucifixo foi uma ironia romana, pois os judeus queriam que a plaqueta fosse retirada.
Então Jesus foi morto por motivos políticos, e apesar dos ciúmes dos chefes judeus e de Pilatos ter lavado as mãos, foi o império Romano que o prendeu, torturou e colocou-o numa cruz.
O fato que coincidia com a Páscoa judaica por outro lado, tem significado religioso, para os judeus era uma passagem, que vem da origem judaica da palavra Pesaḥ ou Pesach, que os judeus comemoram a saída da escravidão egípcia e a chegada a terra santa.
Os ritos foram adaptados, mas é importante saber que a famosa ceia de Jesus (o quadro de Da Vinci) e a própria Páscoa são festas de origem judaica, e o cálice de Elias o qual Jesus pega para tomar o vinho, era o cálice destinado ao Messias, e os discípulos entenderam quando fez este gesto.
A sexta-feira santa, entretanto é a parte fundamental da passagem, pois a morte e o grito do filho de Deus, que na cruz não chama mais o Pai, mas diz “Meu Deus, Meu Deus porque me abandonastes”, chave de leitura da mística cristã Chiara Lubich, “Jesus Abandonado”, eis o verdadeiro Deus e verdadeiro homem, ali ele se funde com a humanidade, o Jesus histórico.