Arquivo para janeiro 13th, 2025
Entre a guerra e a esperança
Crescem em todo o mundo rumores de novas guerras, até mesmo os pacíficos Canadá e Groenlândia foram ameaçados por falas incompreensíveis do novo governo dos EUA de Donald Trump que toma posse em breve, a queda do governo Trudeau no Canadá, que foi comemorada pela população, demonstra as recentes fragilidades do país.
A guerra no leste europeu segue com pesadas baixas e agora já há muitos bombardeios em território russo: campos de petróleo e localizações estratégicas militares como as de Engels, a base aérea de Rostov do Don e da região de Lipetsk, enquanto a Ucrânia perde soldados e territórios.
Também as bases dos rebeldes Houthis no Iêmen foram bombardeadas por Israel, gerando protestos em vários países árabes, o conflito segue com várias denuncias de organizações humanitárias e aliados antissemitas.
A tensão também ficou elevada com a pose do ditador Nicolas Maduro na Venezuela que segue sem qualquer possibilidade de solução pacífica por uma crise que já está além do ideológico, os governos do Chile e da Colômbia também contestam as fraudes nas eleições de lá, e o governo que aparentemente foi eleito Gonzales Urrutia chegou a ameaçar que iria à Venezuela para a posse, mas recuou após a prisão e soltura de sua vice Maria Corina Machado.
Também a guerra comercial entre China e EUA ganham novos contornos com o bloqueio de envio de materiais chineses para 28 empresas consideradas de uso suspeito de serviram tanto a propósitos civis quanto militares, em especial, aquelas que ajudam Taiwan a se armar.
Há esperança num quadro tão belicoso? e a resposta sempre será sim, é bom lembrar que nestes momentos sempre surgiram líderes que proclamaram a paz: Mahatma Gandhi, o líder americano Martin Luther King, lideres religiosos sinceros (os que promovem a guerra devem ser colocados sob suspeita) e todos os milhões de pessoas que sabem que a guerra não traz benefícios e que em última instancia querem sempre o domínio de um povo sobre o outro.
Ainda que estas pessoas pareçam “idiotas” e ingênuas, a literatura é farta destes personagens, como já citamos na semana passada os personagens de Dostoiévski, lembro também de um filme dirigido pelo argentino Sebastián Boresztein (Um conto chinês, foto) que fala de uma amizade inesperada entre um ranzinza vendedor de ferragens e um migrante chinês chamado Jun.
A paz é sempre desejada em corações generosos e serenos, o conflito vive na cabeça de pessoas que olhar a todos com suspeita, veem inimigos onde não existem, ainda que falem de paz, o que querem é subjugar os que tem visões de mundo, cultura ou religião diferente.