A fragilidade do bem e as novas mídias
Fragilidade do bem é um conceito de Martha Nussbaum, uma proeminente filósofa americana, que a escreveu em 1986, Fragility of Goodness: Luck and Ethics in Greek Tragedy and Philosophy (com reedição de 2001), onde retira este termo da posição da mulher na tragédia grega, entre outros.
A questão é importante porque remete ao coração da ética, em tempos de “desconstrução política” como arma de não discutir proposta, de esquemas corruptivos assustadores e de necessidade de repensar valores, muitos se perguntam porque o BEM É TÃO FRÁGIL.
A filosofa americana faz uma reflexão profunda retornando a tragédia grega, diga-se de passagem as tragédias são típicas dos momentos de fortes transições, de dificuldades e obscuridades culturais, em que parecemos nebuloso e de aparente retrocesso.
Foi o estudo da fragilidade do bem e a ética na antiguidade que tornou-a conhecida e respeitada entre os filósofos, mas sua colaboração com o economista e premio Nobel (1998) Amartya Sen que ligou questões de desenvolvimento e ética, criando a “abordagem das capacidades”, que significa tornar as pessoas “capazes de fazer e ser”, princípios esquecidos pelo assistencialismo, ou melhor, intencionalmente esquecidos (ver também sua obra “Women and Human Development).
O que ela e Amartya Zen questionam é o “digno da dignidade do ser humano”, e que isto deve ser pensado para uma promoção humana verdadeira e sustentável.
Sua teoria e a prática de Amartya Zen (que criou o Banco dos Pobres) contrastam com aquilo que se chama de promoção humana e justiça social, que é o dever de assegurar capacidades em sua conferencia “Desenvolvendo capacidades: o processo do desenvolvimento humano” (ver o vídeo), isto contrasta com o desenvolvimento em termos puramente econômico e a pobreza como privação de renda.
A fragilidade do bem só é superada por corajosas medidas de inclusão social em amplo sentido senão a “banalidade do mal” que alicia e os aparelha como um “modus vivendis”.
As novas mídias são um empoderamento da voz socialmente sufocada pelo mal banalizado ou pelos diversos ambientes culturalmente atrasados, em especial, em países sem condições de vida razoáveis.