A flecha do tempo e o universo
A flecha do tempo, termo que afirma que avançamos sempre para frente (no sentido do tempo) e que o universo teve um início o Big Bang, e estaria se expandindo, foi cunhada pelo astrofísico Arthur Eddington, em 1927, e depois usada por Stephen Hawking para formular a teoria do Big Bang, mas ela tem outras possibilidades.
Outra possibilidade é o trabalho conduzido por Julian Barbour, da Universidade de Oxford, Tim Koslowski, da Universidade New Bruswick e Flavio Mercati, do Instituto de Física Teórica, que sugerem que talvez sugerem que é a gravidade e não a termodinâmica, pressuposto de Hawking e muitos físicos, que faz a flecha do tempo avançar, isto sugere universos paralelos, e não um único se expandindo.
A teoria é mais unificadora pois os dois caminhos temporais, a gravidade puxa as partículas para um modelo maior e mais ordenado, equivalente a estruturas de aglomerados de galáxias, estrelas e sistemas planetários, portanto supera o modelo termodinâmico, que impulsiona apenas pela quantidade de energia.
Os cientistas fizeram uma simulação usando mil partículas, parecidas a um ponto, e sujeitas a gravidade newtoniana, neste modelo há duas possibilidades de futuro, mas o observador tem a possibilidade de “experimentar” apenas um deles.
Este modelo ainda é inicial e hipotético, não incorpora nem a mecânica quântica e nem a relatividade geral, mas já abrem possibilidades revolucionárias e novas.
Se a teoria é verdade o Big Bang não é mais o início cósmico, mas só uma fase em um universo atemporal e eterno, explica o cientista Barbour: “Esta situação de dois futuros exibiria um único passado, caótico em ambos os sentidos, o que significa que haveria essencialmente dois universos, um de cada lado deste estado central”, e assim teríamos sempre a possibilidade de dois futuros, isto filosoficamente e teologicamente é verdadeiro, mas a física precisa de certezas experimentais e não apenas hipotéticas.
Parece que todo o universo tem que fazer escolhas e nós juntos com ele.