Comprometimento ou consciência
Consciência imediata, até mesmo o que chamamos de consciência política, é uma negação da intencionalidade no sentido que esta “representa uma característica essencial da esfera das experiências vividas porquanto todas as experiências têm, de uma forma ou de outra, intencionalidade … “ (Idéias I, Husserl, § 84), isto é, experiência vivida.
Assim o que é essencial para fenômeno é estar ligado a um elo primordial da vida intencional (é oposto aos outros ter-consciência, os quais, a priori, são idealistas e um tanto “vazios”) e, portanto, intencional é bastante distinto modo de consciência.
É a compreensão de um Ser que existe em cada entes, que pode dar a um estado-de- coisas, uma universalidade, um valor, o que na filosofia denomina-se um “ai próprio”, ou um “imediatamente aparecido, ou em muitos autores (Husserl, Buber e outros) o EU ISSO, que aponta para algo de modo confuso, vazio e de puro expectador, mas ao mesmo temo o seu ser mesmo (do algo) é observado, reconhecido e vivenciado.
Assim, para Edmundo Husserl, a intencionalidade é “aquilo que caracteriza a consciência em sentido grave e concordante em indicar a corrente da experiência vivida como corrente de consciência e como unidade de consciência” (Idéias I, § 84)
Por isto Husserl dirá sua célebre frase: “consciência só existe como consciência de algo”, e poderíamos completar que algo só existe se é experiência vivida por alguém.
Então é esta consciência intencional que faz o mundo aparecer como mais evidente e não mais consciente (no sentido convencional), assim não se trata de definir como algo definitivo, mas nos colocar no horizonte do mundo da vida, eis a atitude fenomenológica.