O pragmatismo político e a democracia
A conjuntura complexa tanto nacional quanto internacional tem conduzido a um caminho de facilidade que é o pragmatismo político, e como esclarecem muitos estudiosos, não cabe quanto a este termo uma separação ideológica.
O reducionismo neste campo leva a um significado semelhante aos termos “objetividade” e “praticidade”, mas deve-se incluir pela emergência de um novo termo também a palavra “sustentabilidade”, quanto a combinação dos termos de desenvolvimento econômico e preservação de recursos naturais, mas não é só isto, em essência é o ativismo político hoje.
A ausência de uma reflexão mais ampla, e aqui não me refiro ao pessimismo baumaniano e nem ao pragmatismo filosófico aliás combina bem com o político, já que em todos setores da vida humana, a diversidade natural das coisas, e regras mínimas de convivência social, obrigam todos, até individualistas, a se integrarem à coletividade.
Mas o que está em jogo, no caso brasileiro é a saída de uma profunda crise à qual todos rejeitam a paternidade, mas cada um a seu modo tem sua culpa maior ou menor, uma vez que os que não pecaram por ação corruptiva e irresponsável, pecaram por omissão.
O que pode nos salvar é uma boa dose de democracia plena, longe do pragmatismo político também expresso nas ruas, mas perto do questionamento das estruturas e a sua consequente modificação, redução do poder (não necessariamente do tamanho) do estado, e liberação das forças econômicas, junto ao necessário socorro ao problema social.
Quanto ao pragmatismo filosófico, é uma doutrina metafísica que defende que a ideia do sentido da vida corresponde aos desdobramentos práticos, ou seja, boa dose de voluntarismo aliada a um neo-empirismo, nada mais idealista