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As redes e relações (in)visíveis

09 abr

Um dos assuntos em foco hoje são as redes sociais, elas não são de hoje, o problema é que hoje elas estão em evidencia, mas continuam a guardar certos aspectos de invisibilidade, confundidos com virtualidade, façamos uma análise histórica.

As redes de comércio na antiguidade, por mar e por terra, os colégios invisíveis, definidos por Solla Price em seu trabalho “O desenvolvimento da ciência: análise histórica, filosófica, sociológica e econômica”, de 1976, chama as redes científicas de redes colaborativas, onde os pesquisadores se comunicam, trocam informações e experiências, significa que mesmo na ausência, através dos trabalhos impressos e das conferências, os autores colaboram.

Essencialmente, uma rede é uma teia de nós (elementos) e links (conexões) entre os nós, embora estes participantes sejam autônomos, as consequências das conexões em redes podem ultrapassar os seus próprios limites por conexão para “fora” através dos laços fracos.

Na análise de redes podem ser identificados apenas por razões didáticas, três tipos: as redes egocentradas (ego networking), as redes de análise global (Global Networking) e as redes de relações entre atores, chamadas TAR (Teoria Ator-Rede)  com origem nos trabalhos de Michel Callon.

As redes de aeroportos, as redes de transportes de containers a nível mundial, as redes de telecomunicações e evidentemente a internet, a Web é uma camada sobre esta rede. 

As redes globais são influenciadas fortemente pelas mídias, e elas criam certa dose de invisibilidade, uma vez que as redes colaborativas de publicações são também foram chamadas de colégios invisíveis por autores como Solla Price, mas aceleradas pela velocidade dos meios, os mídias eletrônicas tem maior velocidade de publicação e comunicação que a impressa, então blog, twitter e as mídias de redes sociais como Facebook ocupam um papel novo na atualidade, mas não são em si redes, mas mídias de redes.

Diversas medidas podem ser pensadas, a centralidade de proximidade (closeness) de um ator mede o quanto um nó está próximo de todos os outros, maior será a medida de proximidade, a centralidade de intermediação (betweenness) mede a importância de um nó na circulação da informação.

Então, para efeito de informação, o betweenness é a medida do controle que um ator detém no fluxo de informação e closeness é a facilidade que um ator tem do acesso à informação.

A invisibilidade, enfatizando presente nos colégios “invisíveis” na modernidade, é relativa ao processo de comunicação e informação que pode ir além dos autores-atores ao longo da rede, a virtualidade por sua vez refere-se a potencialidade de aumento da capacidade da rede.

 

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