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As mudanças do século XX

13 mar

As mudanças do século passado, mas cujas estruturas sociais e econômicas ainda estão presentes, foi marcado pelo fim liberalismo econômico mas que era sustentado por grandes impérios, além dos coloniais na Africa e Asia (o fim do império na India, por exemplo), também os costumes sociais e econômicos foram mudando e ainda encontram-se presente no século XIX.
Seria mais oportuno falar do econômico, num momento que os impérios financeiros parecem estar derretendo nas Bolsas de Valores, o chamado mercado do Urso, do medo gerindo os negócios, mas pelo dia 8 de março que foi dia da mulher, optamos por falar da questão.
Desde o romance de Ibsen no século XIX, a Casa de Bonecas, onde por trás da estrutura afável e liberal de um casamento se escondia o machismo do marido, por sinal o momento em que ele assume um Banco de Investimentos, se escondia a opressão da esposa.
Também apontamos o desenvolvimento da questão feminina através de Doris Lessing premio Nobel da Literatura e que tinha uma posição equilibrada mas dura, longe de modismos e do politicamente correto, ela viveu e apontou a questão da mulher, mesmo branca sofreu na Africa do Sul com a questão do racismo por defender os negros.
Chegamos a economia dos “Commons” de Elinor Ostrom, ignorada pela esquerda por não ser contra o capital, e ignorada pela direita porque afirmava que a governança dos bens comuns pode ser produtiva e bem gerenciada, ao contrário do que prevê o “Tragedy of Commons”.
A mudança de postura e de cultura, é verdade que precisamos de leis e politicas para combater o machismo, porém a mudança cultural defende do olhar sobre a mulher, hoje independente, no mercado de trabalho porém ainda sofrendo as consequências de sua emancipação.
Ainda que se afirme que a visão religiosa seja machista, e muitas vezes o é, não é o que a Bibilia apresenta no novo testamento, lembrando que a cultura judaica da época era machista e o velho testamento reflete isto, entretanto a posição de Jesus sobre as mulheres era diferente.
Assim aparece no texto de João (Jo 4, 8-9): “Os discípulos tinham ido a cidade para comprar alimento. A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana? “, e o texto esclarece que os judeus não se davam com os samaritanos, e a posição da mulher era inferior, aceita por elas.
Não é verdade a exegese que diz que ela sequer era religiosa, pois vejam o texto (Jo 4,19b-20): “Senhor vejo que é um profeta! Os nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar”, o machismo vem, portanto, das instituições e não da Bíblia.

 

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