Arquivo para janeiro 26th, 2016
Lixo eletrônico em Gana e Paquistão
Nos portos de Karashi, no Paquistão e também no subúrbio de Agbogbloshie, da capital do Acra de Gana, chegam toneladas de lixo eletrônico, sendo o de Gana já considerado o maior aterro eletrônico do mundo.
A chave do problema é o custo da reciclagem, enquanto enviar um monitor para Gana custa € 1,50 o mesmo monitor sem sair da Alemanha para ser reciclado lá custaria € 3,50.
O relatório ambiental da ONU de 2010, calculava naquele ano que 50 milhões de toneladas de lixo industrial são produzidas por ano, é claro que a curva deve ser ascendente ano a ano.
O relatório ambiental da ONU de 2010, calculava naquele ano que 50 milhões de toneladas de lixo industrial são produzidas por ano, é claro que a curva deve ser ascendente ano a ano.
O lixo eletrônico de Karashi vem de Dubai, recolhido vem dos Estados Unidos, Japão, Austrália, Inglaterra, Kuwait, Arábia Saudita, Singapura e Emirados Árabes.
Os containers dali vão dar emprego a mais de 20.000 pessoas que num bairro de Sher Shah, a cidade que recebe o lixão, mas sem nenhum cuidado com o meio ambiente e a saúde.
O lixo digital é uma indústria global em Gana, empregam cerca de 30.000 trabalhadores, gerando entre U$ 105 a U$ 268 milhões, mas o problema é que o rejeito sem uso é de 75%, e o emprego de mão de obra infantil pode chegar perto dos 40%, além dos efeitos para saúde.
Lá o lixo vem de Reino Unido, Holanda, Bélgica, Dinamarca e Holanda em um volume de 600 contêineres que chegam no porto de Tema, o maior de Gana.
De lá vão para o subúrbio de Acre, e em áreas de Agbogbloshie, a concentração de chumbo no solo chega a ser mil vezes a tolerada e substâncias como cádmio e mercúrio são encontradas também em alta concentração.
Sher Shah tem um alto índice de casos de câncer de pulmão e também tem os maiores índices de problemas respiratórios do país, devido a inalação de gases tóxicos, emitidos durante o processo de separação das peças que em geral é feito pela queima do lixo tecnológico.
Há uma Convenção da Basiléia de 1989, que trata sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigos e seu Depósito, mas nestes casos há um flagrante desrespeito às leis, à saúde humana e ao equilíbrio sustentável do planeta.