Dia dos Namorados e Edgar Morin
Sei que muita gente está pensando na inauguração da Copa, um evento mundial, muita gente de olho o Brasil, mas queria falar de um pequeno e lindo livro de Edgar Morin: “Amor, Poesia, Sabedoria “.
Na verdade é a compilação de três palestras feitas em três cidades: Grenoble, Strouga e Paris, entre 1990 e 1995, com a leitura se tem a sensação de suas palavras e diria de sua vida com a companheira já falecida Edwige, que testemunhou-a em ‘Edwige, a inseparável’.
Morin parece responder a este nosso momento, preenche nosso vazio com sua resposta, parece não calar diante das questões super atuais: violência, utopia e barbárie, e dele emerge três coisas que mexem com o fundo de nossa alma: “da participação, da fraternização, do amor” para mim, tudo o que aprendi com a mística cristã Chiara Lubich.
Emerge neste opúsculo o imaginário, do amor como “o ápice mais perfeito da loucura e da sabedoria”. Mas onde ficou poesia? Primeiro num modo de expressão literária (só isto já não me bastaria), mas encontro coisa do ser que advém da participação, do fervor e da comunhão que é próprio do amor, para onde Morin sempre retorna, creio que sua companheira é parte disto, mas também de algo do profundo de sua alma, de um Deus que ainda não reconhece.
Obrigado a estas pessoas que passaram deste modo pela minha vida.