Feira italiana de artesãos 2.0
Há quem diga que esta é a verdadeira 3ª. revolução industrial, de minha parte digo que é o reflorescimento da cultura do renascentismo, perceptível em diversas áreas e incompreensível para a cultura iluminista de nosso tempo.
A segunda edição do “Maker Faire Roma”, feira internacional al de tecnologia e criatividade, entre 3 e 5 de outubro, apresentará 500 projetos saídos de garagens e laboratórios de “makers”, ou artesãos 2.0 que vem de mais de 30 países.
O termo é americano, dos anos 2000, mas tem já se lançado em dimensões globais, usando internet, compartilhamento de conhecimento e impressoras 3D, produzem objetos de plástico, metal ou até mesmo materiais orgânicos, sem precisar de recorrer a linha industrial.
Estes “artesãos industriais” tem como base “a cultura maker e o open source, ou seja, partilha o conhecimento”, disse a imprensa Mássimo Banzi, um dos curadores da mostra.
Outro aspecto é “o modo de agir dos makers que podem impactar o atual sistema produtivo ocidental”, afirma Banzi.
Caminhamos para “um mundo onde os colossos industriais ainda continuarão a existir, mas ao lado deles nascerão milhares de pequenas empresas de produtos de nicho”, opina Banzi, tendo de um lado “a possibilidade de inventar e criar protótipos estará cada vez mais ao alcance de todos e, de outro, esses instrumentos serão cada vez mais refinados, permitindo a criação de pequenas séries de produtos e de invenções, a preços razoáveis”, a reprodução de “arte em escala” dilema de Walter Benjamim pode revelar um aspecto revolucionário inesperado.
Dois projetos curiosos é o OpenKnit, um tear automático para produzir roupas com diferentes tecidos, bastando inserir as medidas do corpo no computador, e, o projeto do jovem Ladislas de Toldi e sua colega de escola Marine Couteau, que ajuda educadores e pais de crianças autistas a trabalhar com a educação destas crianças.