RSS
 

As mulheres nas novas mídias

08 mar

No dia 11 de fevereiro, na cobertura da revolta no Egito e a demissão do então  presidente Mubarak, foi cometida uma  violência sexual e um espancamento a uma jornalista sulafricana, Lara Logan,  gerou reportagens e comentários repletos de racismo, sexismo e da islamofobia, ela entre outros, trabalha para a CBS, onde é diretora de Relações Exteriores e correspondente da CBS News (veja a declaração da CBS).

Mesmo ela sendo membro do Comitê de Ajuda aos Jornalistas (CPJ), que fiscaliza e mantém apoio financeiro aos jornalistas de todo o mundo que foram vítimas de violência e repressão (44 mortos em 2010), muitos escritores parecem pensar que a aparência Logan foi de alguma maneira crítico nesta história, como o post num blog intitulado “Lara Logan, CBS Repórter e Warzone” onde vê a estuprada com uma “chocante boa aparência” e um “olhar bem de Hollywood “, a blogueira Simone Wilson não só se refere assim à jornalista, mas descreveu-a como a que ” também teve um relatório num tablóide de 2008, sobre a vida a privada sexy na CBS” em claro desrespeito, o blog foi atualizado depois de inúmeros comentários mas manteve o cabeçalho do post, alem deste um  número grande de notas, blogs e sites mativeram este tom, mas não deve-se dar luz ao preconceito e sim aos bons casos.

Felizmente, pode-se registrar um pequeno número, mas significativo de blogueiras sérias comprometidas com os direitos da mulher, para citar algumas, no caso Logan, Shannon Galpin pergunta em seu blog:  “O que é que ser loira tem a ver com isso?”, enquanto  Mary Elizabeth Williams, escreveu a manchete “O que não se pode dizer sobre a Lara Logan“, ja Amanda Marcotte constatou que grande parte da cobertura festejava “Adicionando insulto à injúria Lara Logan.” , e uma importante denuncia de Kim Barker, em seu artigo intitulado “O código Feminino de Correspondentes Estrangeiros de silêncio, finalmente quebrado“, uma analise abrangente sobre o eventual impacto da experiência de Logan para  mulheres jornalistas em regioes de conflito.

O caso revela dois pontos importantes, o preconceito machista e a internacionalização da discussão sobre os direitos da mulher, que os até países avançados possuem

O site WIMN’S voices, mantém a defesa da mulher nas novas mídias, vale a pena.

 

Deixe um comentário

Você deve estar Logado para postar um comentário.