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Maquiavel e maquiavelismo

17 abr

Por imaginar situações políticas instáveis e como era possível torna-las estáveis, Maquiavel que vivem de 1969 a 1527, períodoOPrincipe em que se estabelecem os primeiros governos estáveis em muitos pequenos estados europeus, mas quase sempre governado por um príncipe com poderes absolutos, no entanto, envoltos em grandes problemas e instabilidades, este foi o contexto em que Nicolau Maquiavel escreveu sua principal obra “O príncipe” (1513).

Maquiavel tenta responder questões ainda hoje pertinentes: que vícios e virtudes são toleradas em governantes, faz um apelo a humanidade do governante da seguinte forma: todos dirão que é louvável encontrar em um príncipe somente as qualidades consideradas boas, dentre todas aquelas supracitadas, mas não sendo possível possui-las, nem inteiramente observá-las, porque a condição humana não o permite, é necessário que ele seja tão prudene que saiba fugir à infâmia daqueles vícios que o fariam perder o poder: e se possível evitar também os vícios que não lhe tiram o poder, mas não o conseguindo, pode se abandonar a eles sem atribuir-lhes importância.

Assim ao mesmo tempo que ele admite vícios benéficos, ele afirma que uma moral ordinária poderia levar a destruição do Estado, assim Maquiavel admite atitudes políticas que possam ser consideradas vícios, mas vê que há um tipo de vícios que não é aceitável ao Estado.

Trocando em miúdos é aceitável alguma dose de favorecimentos devido a presença no Estado de uma pessoa comum que possua vícios, mas não é aceitável que todo e qualquer tipo de falta de moral seja encontrado em governantes porque pode levar a destruição do Estado.

Para avaliar homens comuns temos que ter critérios claros de juízo, coisas que seriam aceitas em pessoas comuns e, portanto toleráveis em governantes e coisas que em governantes não seriam admissíveis, assim diz o autor do Príncipe: “existem qualidades que têm aparência de virtude, mas levam o príncipe a ruína; e outras que, sob a aparência de vício, produzem a sua segurança e o seu bem-estar”, claro que é o bem esta político e não o seu bolso.

Não são aceitáveis aqueles vícios, que para manter o bem estar, destroem o bem estar do Estado e consequentemente de todo o povo, enfim a arte de governar deve ter princípios.

 

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