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Maniqueísmo e ambivalência: o diálogo ausente

30 jul

A razão pela qual a sociedade moderna aprofunda-se na crise cultural e espiritualMauDialogo, e ela é contemporânea da economia e política e não separada destas, é que ainda estamos na torcida por dois times: o time dos bons, que não sabemos quem é, e o dos maus, que são os “do outro lado”, e no final das contas, quem sofre é a sociedade como um todo.

Maniqueísmo é o nome religioso para isto, e ambivalência o nome político, ambos com seus fundamentos e ortodoxias, ficam combatendo o outro lado, e quem combate ao lado dos homens e mulheres, que perdem direitos, empregos e muitas vezes a própria vida ?

Maniqueu era um filósofo do século III da era cristã, a quem seguiu Agostinho de Hipona até se converter, era dualista religioso sincretista que sua doutrina originava da Pérsia e foi amplamente difundida no Império Romano (III d.C. a IV d.C.), que consistia basicamente em afirmar a existência de um conflito cósmico entre o reino da luz (o Bem) e o das sombras (o Mal).

Este ao afirmar que a matéria e a carne no reino das sombras, e em afirmar que ao homem se impunha o dever de ajudar à vitória do Bem por meio de práticas ascéticas.

A ambivalência é um conceito que no aspecto político, percorre diversos filósofos, mas o seu mais eminente pensador é Zygmunt Bauman, significa a existência simultânea, e com a mesma intensidade, de dois sentimentos ou duas ideias com relação a uma mesma coisa e que se opõem mutuamente.

A dialogia é justamente o oposto a estes dois raciocínios moralistas, é se colocar na pele do outro, tentar sentir o que o Outro sente, filosofia contemporânea que vai nesta direção está Paul Ricoeur, Emmanuel Lévinas e todos o que falam do Outro.

 

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