A bolha brasileira das “casas Bahia”
As casas Bahia são conhecidas por ser a loja de eletrodomésticos mais procurada pelas classes C e D, e junto com o Ponto Frio representam grande boa destas vendas no Brasil, hoje além da redução das vendas também contabiliza um grande número de inadimplentes, e estas empresas anunciaram a redução de seu número de lojas.
O governo e setores de apoio pedem otimismo, mas os números contestam isto, há uma clara recessão que ameaça ser mais profunda ainda se o governo se mantiver imobilizado.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), foi um índice criado poelo governo e calculado pelo Banco Central para tentar fazer uma “prévia” do PIB, e o calculo para o terceiro trimestre do ano é de queda 1,41% o, em comparação com os três meses anteriores.
O cálculo é inferior a queda de mais de 2,0 no trimestre anterior, mas é preciso que saiba que o calculo é feito após ajuste sazonal (desconto das variações típicas de cada época do ano), e o terceiro semestre é sempre mais aquecido pelas vendas de natal, parece que este ano não.
A bolha americana foi a dos imóveis, um grande número de pessoas saiu comprando casas médias e de luxo num sistema de hipotecas, mas o calote grande criou uma bolha que botou a economia americana numa forte crise.
No Brasil esta bolha parece estar se deslocando para as compras de eletrodomésticos e carros, pessoas estão endividadas e não conseguem saldar seus compromissos, estimuladas que foram por crédito fácil, quem não se lembra do “gastem, gastem mesmo” de certo governo.
Os números do serviço de proteção ao crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional dos Lojistas dão contam que já são 55,3 milhões de pessoas inadimplentes, é quase metade dos consumidores, o que é evidentemente uma “bolha” que vai ter efeito na economia.
Ser otimista numa realidade destas é uma inconsequência ainda maior, é hora de economizar.