Velho Estado Novo: sem diálogo
As vias do diálogo na conjuntura nacional parecem esgotadas, o que se vê nas redes são ofensas e certa insanidade, porém devemos ser honestos, de ambos os lados, nada diálogo, apenas aqueles na “cobiça” o poder
Um lado ameaça com violência, o outro rebate com ironias, memes e insultos; entre os políticos, a luta pelo poder nunca esteve tão profunda: é o poder pelo poder, ainda temos muito para crescer como democracia.
O Brasil viveu crises semelhantes, mas não a comparo com o Collor, embora em ambas tivessem a palavra impeachement, penso que a conjuntura mais comparável é a do Estado Novo.
Getúlio Vargas (19/4/1882 – 24/8/1954) havia governado em dois mandatos nos períodos foi o do Brasil 1930 a 1945, em que instalou a fase de ditadura, e de 1951 a 1954, chamado de Estado Novo, esperamos não seja o caso do Brasil, pois a comparação é que foi um período de leis trabalhistas e benefícios para os trabalhadores.
Companhia Siderúrgica Nacional, Companhia Vale do Rio Doce e Hidrelétrica do Vale do São Francisco, em 1938, criou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Vargas voltou em 1950 pelo voto popular, curiosamente com a campanha o Petróleo é nosso, foi com a criação da Petrobrás que limitou a influencia estrangeira aqui.
As semelhanças com a oposição das oligarquias mineira e paulista, o descontentamento de militares com o que consideravam em medidas “de esquerda”, a imprensa também não poupava Vargas, e terminou naquele suicídio.
É importante eliminar a corrupção seja de quem for, mas não podemos esquecer que as velhas oligarquias e coronéis continuam aí ligados ao poder e sem perder as regalias e são os mais envolvidos em históricas formas de corrupção e lobbies, será que o Brasil vai ser passado a limpo, gostaria imaginar que sim, mas não é o que parece.