Poetas da Inconfidência MIneira
No final do século XVIII, mais precisamente no ano de 1789 uma revolta foi abortada pelo governo da então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português.
A Derrama consistiu no seguinte, lei portuguesa criada quando as minas de ouro começaram a se esgotar, cada região de exploração deveria pagar 100 arrobas de ouro (1500 quilos) por ano para a Coroa portuguesa, senão soldados entravam nas casas das famílias para retirarem os pertences até completar o valor devido.
Além do alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido por Tiradentes o grupo era formado pelos poetas Tomas Antonio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, o dono de mina Inácio de Alvarenga, o padre Rolim, eles criaram o lema que está na bandeira mineira até os dias de hoje: Libertas Quae Sera Tamen (Liberdade ainda que Tardia).
Na coletânea de Cecília Meirelles na coletânea de poemas Romanceiro da Inconfidência, ela conta a história de Minas, num de seus versos:
E diz o Poeta ao Vigário,
com dramática prudência:
“Tenha meus dedos cortados
antes que tal verso escrevam…”
LIBERDADE, AINDA QUE TARDE,
ouve-se em redor da mesa.
E a bandeira já está viva,
e sobre, na noite imensa.
E os seus tristes inventores
já são réus – pois se atreveram
a falar em Liberdade
(que ninguém sabe o que seja).
Há polêmicas sobre a história, pelo fato de muitos inconfidentes serem donos de escravos e também o fato que lutavam pela independência de Minas Gerais, uma vez que não havia uma identidade nacional, o que é preciso lembrar ainda nos dias de hoje, o regionalismo e a imensa desigualdade entre estados e cidadãos dentro do país.