RSS
 

Nossa ética e moral  originárias

21 jul

A ética contemporânea passou por transformações, porém sua origem está nojoio e trigo período clássico tanto de Platão como Aristóteles a desenvolveram, salientamos que é importante análise a República de Platão assim como a Política de Aristóteles considerando a ética do “ser”, ou seja, a ética ontológica e a partir dela a política como promotora da justiça.

Escreveu Aristóteles no livro V DE sua Ética a Nicômaco : “Com vistas a justiça e injustiça, devemos indagar quais são as espécies de ações com as quais elas se relacionam, que espécie de meio termo é a justiça, e entre que extremos o ato justo é o meio termo …. “ (Aristóteles, 2001, p. 9)

Aristóteles esclarece que justiça e injustiça podem ser termos ambíguos devido a proximidade dos termos, mas como “a ambiguidade não é notada, enquanto no caso de coisas muito diferentes designadas por uma expressão comum, a ambiguidade é comparativamente óbvia …” (Aristóteles, 2001, p. 91.

O fato que diversos autores tratam como ambivalência e pouco percebem que há também uma ambiguidade, significa que percebem o problema de valores enquanto não percebem a aplicação diferente dos mesmos, afirmou Aristóteles: “o termo ´injusto´ se aplica tanto as pessoas que infringem a lei quanto as pessoas ambiciosas (no sentido que quererem mais do que aquilo que têm direito) e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo que é conforme a lei e correto, o injusto é o ilegal e iníquo” (Aristóteles, 2001, p. 91-92) .

Assim em Aristóteles, diferentemente que para o homem moderno, o ilegal e iníquo, o ético e o moral se aproximam, então não há ambiguidade nem ambivalência sobre o que fazem.

Na Modernidade como o Ética é estabelecido por uma ética de Estado, o contrato estabelecido desde o Leviatã de Hobbes até o Contrato Social de Rousseau o que se estabeleceu foi uma forma social para o que é legal, confinando no privado e pessoal o que seria o iníquo, curiosamente e sabiamente a Bíblia Sagrada sempre irá se referir ao iníquo, aquele cujas atitudes pessoas não são ética nem morais.

A parábola do Joio e do Trigo, o joio é o que nasce no meio do trigo mas não produzem os grãos de trigo, e só se pode separar depois da colheita, assim é a iniquidade, são grãos individuais de injustiça e de falta de ética, independentemente das leis do Estado e dos contratos que sendo justos ou não, irão crescer e conviver junto na sociedade, mas produzem colheitas diferentes.

Não se trata assim de uma interpretação meramente moralista ou fundamentalista, o que é ético produz frutos de equidade que são os grãos individuais, como estes grãos são pessoas, podem exercer seu livre arbítrio para produzirem grãos de trigo que sejam proveitosos.

 

ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. Tradução do grego, introdução e notas Mário de Gama Kury, 4ª. ed. Brasilia: Editora Universidade de Brasilia, 2001.

 

 

Comentários estão fechados.