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Schlemmer e o Virtual

04 set

Muitas são as possibilidades biográficas para Oskar Schlemmer (1888—1943), para entender o humanismo de Schelemmer, começo pela sua disciplina “O homem” que ele ministrou na Bauhaus em “Matéria de ensino: o homem”, tendo como objetivo “familiarizar o aprendiz com o homem todo, fazendo-o a partir de dois tipos distintos de consideração: o aparamento visível e a sua apresentação”, como aparece no site: www.tipografos.net/bauhaus/.
A ideia do bale triádrico parte de três participantes (dois do sexo masculino e um feminino), 12 danças e 18 figurinos, há forte influência do teatro de marionetes, a ideia de movimentos maquínicos, síntese de sua visão da modernidade dividida em dois movimentos principais: a mecanizada, que torno o homem como uma máquina e o corpo um mecanismo, e, a dos impulsos primordiais, as profundezas de nossos impulsos criativos.
Ele via na geometria coreográfica da dança uma síntese, as origens dionisíacas e emocionais da dança, que torna rígida e apolínea em sua forma final, mas queria estar livre da bagagem histórica da ópera e do teatro, e assim, ver o homem transformado pelo traje e pela dança.
Ele viu nos fantoches e marionetes movimentos superiores os seres humanos, fazendo uma leitura a partir do virtual diria que tem uma “gramática”, e usando um raciocínio de Schelemmer pode se dizer que “o meio de toda arte é artificial”, sendo, portanto, um artefacto virtual.

Ao analisar o corpo como geometria: viu a cabeça e os olhos como círculos, assim o corpo torna-se uma estatueta de onde deriva o traje, e finalmente, os movimentos da dança e a musica surgem dai, formando o “todo” do homem por onde iniciamos a análise de seu trabalho.
Nascido em 04 de setembro de 1888, completaria 130 anos hoje, razão que está no Google.

 

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