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Cosmovisão: alma, sentimentos e sabedoria

12 jul

Pode-se pensar em alma como mente, como consciência (ela é apenas um reflexo), ou identidade, conforme post sobre Giddens isto leva a interioridade num sentido restrito.
Por isso chamamos de Noosfera, a esfera da mente ou do exterior, num sentido de visão, sentimentos e sabedoria, sendo esta limitada a uma visão de mundo, que está evoluindo.
Não é possível ter uma cosmovisão ampla, sem uma alma ampla, mais do que uma alma-mundo, uma alma universal no sentido não apenas antropológico, mas cosmológico.
Os sentimentos têm um grande apelo no mundo contemporâneo, como as lógicas funcionais se tornaram grande parte do engessamento do pensamento, é possível e fácil manipular as opiniões e pessoas através destes recursos, mas são perigosos sem alma e sabedoria.
A sabedoria é o mais crítico elemento da noosfera, há aqueles que acreditam que através do sentimento e da alma podem caminhar tranquilos, há terapias e até cursos online para produzir felicidade, bem estar e outras promessas sem nenhuma dose de sabedoria, o resultado em curto prazo é louvável, mas a longo prazo se mostrará ineficaz faltará a tal da sustentabilidade.
Sabedoria é crítico também porque muitas correntes do pensamento e diversas formas de cultura podem levar a um reducionismo, e isto trará no mundo contemporâneo uma falta de ver o Outro, as vezes existe até a intenção, só que o resultado é fruto do mundo-restrito.
Os mestres da Lei eram no tempo de Jesus, os Fariseus que conheciam a escritura, mas cuja prática era distorcida, um deles se dirige a Jesus para perguntar como ter a herança eterna.
O grande argumento espiritual de Amar a Deus, é um recurso de certo tipo de ignorância, porém basta uma boa leitura bíblica para perceber que ele é falso, está em Lc 10, 26:27, e Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” Ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!”.
Jesus liga imediatamente o coração “sentimentos” a alma, porque conhece e respeita a interioridade, de onde a alma bebe, e termina pedindo amor ao próximo, ao Outro.

 

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