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Pandemia pode se agravar no Brasil

20 abr

Os dados deste último domingo, ainda sobre forte influencia da política anterior dá um aumento de 101% no número de mortes, porém deve lembrar a defasagem entre a coleta e a amostragem (por isto há influência da política anterior), que “na hora que o exame é colocado na linha do tempo, ele precisa ser colocado na data que foi coletado” (Paulo Lotufo, USP), e isto significa uma defasagem de 10 a 15 dias, além do fato da infecção levar até 14 dias para se manifestar.
Assim, a política atual, que mesmo que dita de modo pouco claro, é de não usar o isolamento social, o fato de fazer testes em massa (precisa ver se haverá testes suficientes) significa ver o quanto a sociedade como um todo está sendo infectada, ganhando “imunidade” (isto ainda não é provado cientificamente) e qual o “comportamento do vírus” no nosso ambiente, estamos no final de outono e início de inverno e as condições sanitárias do país são precárias.
A capacidade de resposta do sistema de saúde está se esgotando, e a curva que vemos acima ainda indica estar longe de um patamar (o número de mortes não é projeção, é real), e se observa ainda uma subida e sem um platô a vista, o pico dizem a maioria dos especialistas, está por vir.
Defendíamos o #LockDown, se vier agora será um pouco tardio, e aparentemente o clima político não é favorável, o governo central é contra (curiosamente há quem defenda a intervenção militar, mas política e não sanitária) e a sociedade se sente apreensiva e insegura com o que pode ocorrer.
Se houver um agravamento, não é o que desejamos pois isto implica em vidas, a capacidade de resposta vai ficando reduzida, entramos com medidas preventivas no início da pandemia, porém não demos consequências a ela, e não podemos afrouxar antes do tempo, será um colapso.
Qualquer pessoa sincera e humanista deseja o melhor, deseja que tudo dê certo, porém o risco de abrir o comércio, quando o número de mortes é ainda muito alto é enorme, pouco prudente.
Não podemos pagar para ver, o custo será alto de vidas e muito mais ainda econômico.
É reconfortante ver que em muitos países que tomaram medidas duras, o afrouxamento já pode começar a acontecer, não esqueçam que diante da crise tomaram medidas duras.

 

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