Platô do corona no Brasil
Defendemos aqui o uso de LockDown, sendo que na semana passada já seria tardio, agora o que a curva mostra é um platô em 1 mil mortes durante 14 dias (sem o LockDown a curva alongou), dependo de quando começará a cair é que se pode avaliar a extensão do platô e a perspectiva de queda, como foi feito um feriadão a uma semana, com resultado pequeno, espera-se alguma resposta em uma semana.
A perspectiva será de uma queda tão lenta quando a subida, contando só a partir de março para ficar fácil a projeção (março, abril e maio) teremos a retração da curva só em agosto (junho, julho, agosto) que coincide inclusive com o final do inverno, assim a “nova normalidade”, pois não há como prever o que pode acontecer depois inclusive se houver uma segunda onda de infecção, só mesmo em setembro.
Qualquer plano que pretende uma abertura maior, que conte com a colaboração e educação da população que não aconteceu até agora, é uma aventura, um mergulho no escuro.
O sensato seria permitir abertura de comércio com severas restrições e punições, a colaboração é de metade da população no máximo, o que é insuficiente para conter a contaminação, e contamos ainda com a desinformação as vezes auxiliadas por governantes.
Sairemos da pandemia mais divididos que antes, com a moral baixa porque não fomos liderados e nem tivemos capacidade de nos unir, e procurar culpados vai ser pior do que a própria pandemia porque teremos que enfrentar uma situação económica grave a seguir.
Ter esperanças que alguma lição tiremos disto, os milhares de médicos, enfermeiros, auxiliares, motoristas, socorristas e seguranças que ajudaram a salvar vidas, a solidariedade de quem socorre a população desempregada e as instituições que lutam para manter este socorro.
Podia ser pior, sim se não houvesse o isolamento social e os hospitais de campanha que ampliaram a capacidade do sistema de saúde, se não houvesse a ajuda emergencial para os desempregados e trabalhadores informais, além da ajuda do bolsa-familia, mas fica no povo a impressão que faltou uma decisão mais firme de um isolamento social maior.
A pandemia não passou, e a queda da curva vai depender da população e da vigilância.