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A covid ainda avança no Brasil

15 jun

O flagelo da pandemia que poderia ter unido ao Brasil agora transforma o medo em terror, as taxas continuam avançando mesmo que o número de mortes permaneça num platô em torno das mil mortes diárias, com variações para cima e para baixo.

O resultado que dá uma sentença agora é a taxa de contaminação por mil habitantes, e o inverno chega no país na próxima semana, cidades que abriram o comércio começam a recuar, mostra uma política vacilante entre salvar a economia ou reduzir o número de mortes, e a luta política.

A polarização existente desde as eleições ameaça voltar com mais radicalidade, não há um cenário que nos dê esperança, nem de reduzir a mortalidade, que deveria ser prioridade, nem de resolver a crise política que poderia dar um alento e conduzir a uma política forte de isolamento social.

Assim o país vai se tornando o caso mais crítico e contribui para um isolamento internacional, os que queriam salvar a economia ainda não entenderam que uma política séria de combate ao covid minimizaria os resultados econômicos, salvaria vidas e talvez unisse um país cada dia mais dividido.

Não faltam comentaristas no mínimo maldosos, li de um famoso filósofo midiático que depois haverá alegria e euforia, gostaria de acreditar nisto, mas como só o desemprego já é enorme.

Se não houverem mentes sensatas e interessadas em salvar vidas (que também minimiza os custos econômicos) navegaremos em situações confusas e que os dados já mostram, não há nenhum sinal que a convid pode recuar, defendíamos no início de maio o #lockdown, se vier agora virá como medida de desespero, e sem apoio popular, os 3 meses de quarentena mal feita, esgotaram o ânimo da população.

Não é um conflito causado pela mídia, pela oposição ou pela ideologia, é falta de sensatez e sabedoria, colocamos aqueles que estão na frente da batalha: os médicos, enfermeiros e socorristas, além dos trabalhadores de serviços essenciais em situação difícil, cansaram de nos pedir: fiquem em casa, não foram ouvidos.

A esperança é que a própria doença estacionada no platô de mil morte diárias comece a recuar.

 

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