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Entre corruptos, ladrões e cegos

15 nov

A cegueira não é privilégio de alguns, porém uma cegueira de nascença seria algo quase incurável porque o aparato cognitivo não está preparado para enxergar, a corrupção é praticamente um vício uma compulsão e difícil de ser revertida como caráter e finalmente o roubo é uma compulsão não apenas movida pela fome, mas principalmente pelo desejo de usurpação e inveja de muitos.

Há na Bíblia três casos raros e pessoais nos quais há uma reversão completa destes valores, isto para mostrar o radicalismo e a força da fé sobre casos paradigmáticos, o rico e nanico Zaqueu que precisa subir numa árvore para ver Jesus tem uma mudança radical de vida, o cego de nascença é curado e o ladrão crucificado ao lado de Jesus, que a tradição chamou de Dimas, não só é redimido como é convidado a ir ao paraíso, dito da boca de Jesus: “ainda hoje estará comigo”.

Estes exemplos são para entender porque a vida e a sociedade exige mudança e conversão não apenas em grandes planos sociais, mas na atitude individual por menor que seja de cada pessoa, é necessária uma conversão moral e pessoal para reverter um quadro de obscuridade.

No Brasil é dia da República, e o espírito republicano quer dizer o trata com a “res” coisa pública, e a obra clássica de Platão trás alguns pensamentos importantes, que precisam ser atualizados, claro (foto praça da República, São Paulo, Brasil)

Um pensamento universal interessante na obra de Platão é: “e cada um de nós não procura conseguir um certo benefício particular e não comum a todos”, em outra passagem: “o mau que não é descoberto se torna pior ainda, ao passo que, quando descoberto e castigado, o elemento bestial se acalma e suaviza…”, enfim isto são normas republicanas que devem ser respeitadas.

Platão que acreditava que a alma era imortal, não no sentido cristão, afirma que ela é “capaz de suportar todos os males, assim como todos os bens, nos manteremos sempre na estrada ascendente e, de qualquer maneira, praticaremos a justiça e a sabedoria”, que são essenciais.

Platão. A república. Trad. Carlos Alberto Nunes. 3ª. Belem, Ed. EDUFPA, 2006 (Pdf)

 

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