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A vida examinada no amor

24 mar

Podemos examinar que uma vida examinada seja segundo os grandes feitos, nomes que ficaram na história, as recentes revisões mostram que não é bem assim, também tiranos, colonizadores e Pessoas não tão honestas podem ter glórias terrenas, mas passageiras.

A vida examinada segundo Sócrates, e também o pressuposto de Kurosawa em seu filme Viver é sobre aquilo que se construiu por amor aos outros, e isto torna uma vida “bem vivida”, por isto Sócrates vai inspirar a criação da polis grega, uma sociedade a serviço de todos cidadãos, ainda que o conceito de cidadania fosse restrito.

Sempre se pode olhar a volta e perceber algo de bom e justo que se pode fazer, muitos homens fizeram pequenos ou grandes feitos para o bem público sem que tenham recebido qualquer reconhecimento, o velho que morre no parque que ajudou a construir no filme de Kurosawa está feliz mesmo diante da morte.

Chamo a este tipo de clareira de iluminação das consciências, não pode ser feita de aparências e nem de subterfúgios, deve ser feita diante do espelho e da própria consciência, o fenômeno que acredito ser possível, quiçá um dia para toda a humanidade (se é que não é feito na hora da morte), tornaria os homens melhores porque perderiam as máscaras de suas narrativas.

Há dois Lázaros na Bíblia que são infortúnios, o miserável que fica na porta da casa de um rico, que fica a porta a espera de esmola e das sobras, e Lazaro amigo de Jesus, que mesmo sabendo de sua morte só vai visita-lo 4 dias depois e o ressuscita, não o faz por compaixão apenas, também o faz por uma atitude pedagógica, depois do feito alguns judeus acreditaram nele por tamanho feito.

Diz a Leitura de Jo 11, 41-42: “Tiraram então a pedra. Jesus levantou os olhos para o alto e disse: ´pai, eu te dou graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste”.

O texto diz que Jesus chorou, assim o amor evangélico não é desprovido de sentimento, como também não é puro sentimento, há uma razão para crer: acreditar que o amor dá dignidade a vida humana.

 

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