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Apagão cibernético e as guerras

22 jul

O apagão que aconteceu na semana passada é um dos maiores da história, causou confusão em muito aeroportos (veja o gráfico dos Voos nos EUA ao lado), TVs, bancos, hospitais e serviços que dependem de comunicação digital, porém não foi com motivação bélica, a empresa CrowStrike, por trás do apagão, declarou sexta-feira (19) que “isso não foi um ataque cibernético” e que a equipe da empresa “está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes da empresa”.

Segundo entrevista de Rob D’Amico, um ex-agente do FBI, apesar de não haver motivação bélica: “Eles podem não estar envolvidos no que aconteceu, mas estão observando o que aconteceu, quais foram as reações, os tempos de resposta, como isso foi corrigido, para que, se considerarem uma operação cibernética ofensiva contra os Estados Unidos, possam mapear o que foi feito”, disse em declaração à CNN.

É bom lembrar que o início histórico da Internet foi um projeto junto ao DARPA, um departamento americano para projetos estratégicos que previa um funcionamento em rede que não prejudicasse a comunicação, assim a primeira rede eletrônica chamou-se Arpanet.

Isto é extremamente estratégico porque uma pane pode cibernética pode deixar indefesas tanto o sistema de comunicação como a própria defesa, que depende de comunicações para serem acionadas, fragilizando extremamente o sistema que estiver sob ataque.

A Ucrânia tem anunciado que tem conseguido afetar diretamente os sistemas de comando e defesa da Rússia, enquanto a Rússia procura fragilizar o sistema de abastecimento de energia e canais de comunicação terrestre da Ucrânia, também planeja uma ferrovia em seus domínios em solo ucraniano, revelando táticas de defesa e ataque diferenciadas.

Na medida em que avançam as retóricas bélicas, também as guerras políticas e ideológicas cotidianas, um apagão se anuncia maior que o cibernético, as mentes e as almas se tornam cada vez mais turvas e o horizontes sombrio esconde esperanças, refúgios e clareiras.

Aos que lutam e desejam a paz nada falta, nem mesmo aquilo que a guerra e o ódio tentam retirar a paz cotidiana, o momento de descanso e lazer, não aquele fantasioso da orgia e das falsas liberdades que destroem uma vida frutífera e feliz, há sempre uma sombra, uma clareira e uma pausa para respiro em meio a aceleração moderna.

“Mesmo que eu passe pelo vale da sombra da morte nenhum mal eu temerei” (Salmo 23:4) diz o salmista do período sombrio do povo hebraico, e assim cantam alegres aqueles que desejam e lutam pela paz.

 

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