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Retiro, deserto e epoché
Estando em Portugal, participo a partir deste fim de semana de um “retiro doutoral”, em um centro cultural, no coração do bairro Alfama de Lisboa.
Como é expressão comum nas ruas lisboetas, “vem a calhar”, também as leituras de Byung Chul Han me ajudaram, ele propõe “a demora contemplativa pressupõe que as coisas duram”.
A vita activa é aquela que é dominada em absoluto pelo trabalho e por uma vertiginosa acumulação de capital encerrada nos puros limites da dialética da produção e do consumo.
O homo laborans vê-se inevitavelmente vedado ao tempo do descanso, do lazer, meso as formas atuais associadas ao descanso ou ao entretenimento passivo, não são senão panaceias que não integram o mais profundo do “ser”.
Há uma noção aristotélica (a chamada bios theoretikos) fundada na reflexão e na análise estética do mundo, talvez esta seja mais apropriada que outras análises que opõe apenas o sistemático e frenético “laborans” o “ócio criativo” e outros remédios.
É preciso um “vazio essencial”, um verdadeiro “arethé” (um círculo virtuoso, uma excelência não uma simples especialização) para se chegar a a-letheia, o desvelamento da verdade e da realidade, é preciso um verdadeiro “epoché”.
Diz-se do epoché moderno, o cogito da razão não suspendeu o ego, foi Husserl que foi além da chamada “evidência da cogitatio” ao generalizar a suspensão de juízo, e dizer que é preciso “ir a coisa por ela mesma”, isto é quase um “desenraizar”, que Heidegger e outros existencialistas modernos vão negar.
O objeto intencional de Husserl oscila entre o caráter imanente do noema e o que transcende o próprio noema, assim é um terceiro conceito de transcendência superado o teocêntrico e o egocêntrico.
O Husserl paduro da parte I de A Crise da Humanidade Européia e a Filosofia (“Die Krisis des europäischen Menschentums und die Philosophie”) – conferência proferida em 1935 no Kulturbund de Viena, vai criticar a forma cultural particular inventada pelos gregos, uma espécie de “radicalidade” que lhe é própria e que se vincula as metas finitas (circunstanciais e episódicas) outro de visar o sentido originário das ideias do “Bem”, do “Justo”, do “Belo”, mas que nunca se separou de formas “ideais” e duais: o ser é e o não ser não é.
A negatividade proposta por Byung Chul e outros (Gadamer por exemplo), não é nem a negação positivista e menos ainda a negação dialética hegeliana, vinculadas ao pensar grego, é uma negação dentro do “epoché” para fazer emergir o “novo” … do nada.
Quem não consegue ir ao deserto, nem faz retiro e nem faz transcendência, não abandona o ego, não vai ao deserto, apenas “transcende” e afirma o nihilismo.
Exegese, hermenêutica e ingenuidade
Os exegetas acreditam ter encontrado a verdade e assim esperam ter a última palavra sobre determinado assunto, se alguém os contesta dizem que é por arrogância e não por falsidade, os hermeneutas são aqueles que acreditam que é sempre possível uma nova interpretação, uma vez que toda verdade é contextualizada e o ingênuo acredita só no que “sente”.
A exegese é uma interpretação profunda de um texto bíblico, jurídico ou literário, ainda que possa ter elementos de profundidade como todo saber, tem práticas implícitas e intuitivas como qualquer outra forma de conhecimento.
Já a hermenêutica é um ramo da filosofia que desenvolve uma teoria da interpretação, mas também pode ser vista como a “arte da interpretação” e também se refere a prática e a intuição, nisto se funde com os outros saberes, com a diferença que admite a interpretação e não tem como pressuposto ser a última palavra em um diálogo, como prevê o círculo hermenêutico.
A ideia que os sentidos são o fundamento da verdade é bem antiga, mas é ingénua porque toda verdade deve ser contextualizada, depois deve ser analisada e interpretada também a luz da vivência pessoal de cada um, e finalmente confrontada com a história, não a romântica da analítica ou pragmática da história, mas principalmente do que é avanço, do que é irreversível e especial do que é contextual.
Entenda contextual por cultura, a estrutura social e tradicional de um povo em determinado momento da história, também envolve aspectos políticos, e pode haver fatores de disrupção que tanto pode ser causado por uma grande mudança social quanto por uma mudança tecnológica ou estrutural de determinado processo social.
Também os exegetas se aceitam o círculo hermenêutico, que parte justamente de pré-conceitos podem interagir com a hermenêutica, mas sabem que a simples interação pode tirá-los da verdade absoluta e isto não significa cair no relativismo e sim no diálogo.
Objetos reais e virtuais
Foi a realidade mista que esclareceu o que são objetos reais e virtuais, os próprios autores Paul Milgram e Fumio Kishino que colocaram luzes não só na taxonomia dos ambientes virtuais e imersivos, mas principalmente na questão do real e do virtual.
Trataram a questão de distinção entre real e virtual em três aspectos, o que pode ser visto na figura ao lado que é uma versão modificada da Figura 2 do artigo do Milgram e Fumio, com modificações com a introdução do conceito de artefactos.
O primeiro aspecto é a diferença entre objetos reais e virtuais, que estão a esquerda da figura, os objetos reais possuem existência objetiva real, enquanto os virtuais existem em essência ou efeito, mas não formalmente, porém é deles que se tira a in-formação, o que são em essência.
Para que um objeto real seja visualizado, ele pode ser observado diretamente ou pode ser amostrado (antes de Shannon o ter imaginado) e ressintetizado por meio de algum artefacto.
A segunda distinção é retirada, pelos autores de um trabalho de Naimark (1991), que é a questão da qualidade das imagens refletidas num aspecto chamado de realidade refletida, grandes esforços foram feita para isto que é a visualização direta em ar ou vidro, de um objeto real, ou a chamada de “realidade não mediada”, hoje tornada realidade na Brigham Young University.
O ponto de vista dos autores, e também o nosso é que não é só porque a imagem “pareça real” ela possa estar representando o real e sua in-formação e, portanto, a terminologia empregada deve ser cuidadosa ao explicitar esta diferença.
Esclarecida a “representação”, a terceira distinção é entre imagens reais e virtuais, para isto voltamos ao campo da ótica e “definimos operacionalmente uma imagem real como qualquer imagem que tenha alguma luminosidade no local em que ela parece estar localizada”, isto inclui a visualização direta do objeto real, assim como a imagem projetada no artefacto (os autores dizem no ecrã, mas o conceito pode ser estendido).
Assim a imagem virtual pode ser definida como o modo inverso da imagem que não possui luminosidade no local em que aparece, e, portanto, isto pode incluir exemplos de hologramas e imagens espelhadas como sugerem o autor, no entanto, escapa-lhe o fato que a própria visão humana espelha e inverte as imagens, então o que é real se precisamos dos olhos?
Também a questão da luminosidade é interessante, as sombras e as projeções que podem ser pensadas desde as pinturas rupestres até o mito da caverna de Platão, ali já era o virtual.
Naimark, M. Elements of realspace imaging. Apple Multimedia Lab Technical Report, 1991.
O mito de Sísifo
Já era um mito e poderia ser esquecido, não fosse o livro de Albert Camus sobre o assunto no qual provoca a filosofia de seu tempo que descreve como tendo uma tentativa de lidar com o sentimento do absurdo, Heidegger, Jaspers, Shestov, Kierkegaard e Husserl.
Seria fácil contradizer Camus pelo próprio mito, uma proximidade ao niilismo no seu pensamento, sua morte trágica num acidente de carro, entretanto, seu pensamento é sério e deve ser levado a sério, como o foi por muitos autores.
O mito de Sísifo, é de um personagem da filosofia grega, que tendo desafiado os deuses é condenado a empurrar uma pedra montanha a cima, e quando ela rola para baixo, deve repetir continuamente o seu esforço de empurrá-la morro acima.
O mito de Sísifo deve ser levado a sério porque nele vive hoje boa parte da humanidade, que resignadamente realizada sua pesada tarefa diária embora às vezes duvide de seu sentido.
Para Camus o mundo não é o absurdo, o absurdo acontece quando “o meu apetite para o absoluto e a unidade” completa a “impossibilidade de reduzir o mundo a um princípio racional e razoável.”, assim reconhecer o absurdo do homem poderia levá-lo a viver de modo intenso.
Sem um sentido na vida, não existem valores. “O que conta não é a melhor vida, mas a maioria dos que a vivem”, nem regras morais ou éticas, “Tudo é permitido” como seria lema mais tarde das revoltas juvenis de 1968, é proibido proibir.
Assim o raciocínio de Camus não é um desproposito ou irracionalidade, é preciso ter a força do poeta pensador brasileiro Guimarães Rosa, que contrariando a lógica, sem ser ilógico, afirmou: “Tudo é e não é” (ROSA, 1968, 12), no seu livro Grande Sertão: veredas.
A força da essência do é é tão forte e presente que pode criar um ente, o finito, o nada.
CAMUS, A. O mito de sífico. Veja o pdf.
Carona para Deus e corrupção aqui não
Conforme prometido (post) comprei o livro de Ricardo Araújo Pereira, o português que anda fazendo sucesso, agora com o Reaccionário com dois cês, pulei e fui directo para duas histórias do índice: Quando Deus entrou no meu carro (pg. 76) e Corrupção não entra aqui (pg. 31).
Não gosto de leituras transversais, mas o livro de Ricardo Araújo é uma série de contos que podiam muito bem caber num blog, mas ele não ganharia dinheiro nenhum com isto, já estou imitando ele que faz ironia e piada com tudo, mas com muita criatividade.
Estes dois contos me chamaram a atenção pela proximidade com o Brasil, o primeiro conta que estavam num engarrafamento e viu Deus acenando para táxis quase lotados (deve ser de quanto era mais jovem) e pediu para os pais que não eram “crentes” darem carona para Deus.
Para um jovem torcedor do Benfica, deus era Eusébio e o conto vai por ai afora, ele falando da emoção que guardou por muitos anos do carro do pai que depois comprou e depois fez os filhos sentarem no banco que havia sentado ”deus”, quer dizer Eusébio, celebre jogador da selecção portuguesa dos anos 60, a semelhança com o Brasil dispensa comentários.
O segundo conto, pois li nesta ordem, conta um caso de corrupção que envolveu a Alemanha, ele explicando que o executivo deste caso foi punido na Alemanha, apesar do corruptor aqui ter se negado a entrar na história, seriam a compra de dois submarinos, e diz ironicamente, que “em Portugal as pessoas não tem a decência de participar na dança da corrupção”, e novamente o paralelo com o Brasil é evidente, inclusive no caso da “eficácia alemã”, pensei que só o brasil pensava no 7 x 1, existe a versão portuguesa disto.
Não sei quanta coisa mais herdamos deles, mas que há uma semelhança paternal, sem dúvida há, está tudo com dois cês porque começo a aceitar a paternidade portuguesa, expliquei aos portugueses a minha rejeição, mas devia ter ficado quieto e aceitado o paternal afecto.
Portugal atual
Em sua quarta década de democracia, Portugal tem um dos governos mais populares Marcelo Rebelo de Souza, professor catedrático em Direito na Universidade de Lisboa, grande comunicador que ficou popular por seus comentários políticos no canal televisivo TVI, onde era líder de audiência.
Rebelo teve na eleição de 2015, com 52% dos votos vencendo em todos os 18 distritos continentais e nas duas regiões de administração autônoma.
Embora líder do Partido Social Democrata (PSD) de inclinação conservadora, ele é de uma ala mais a esquerda de seu partido, sendo preocupado com os quase um terço da população pobre, um desastre em um país europeu.
É importante destacar que em Portugal o voto não é obrigatório e dos quase 10 milhões de eleitores, votaram apenas 4,7 milhões de eleitores, ou seja quase a metade.
O regime político atual em Portugal é conhecido como uma república democrática semipresidencialista com quatro órgãos de soberania: o presidente da república, a assembleia da república, o governo e os tribunais.
Como o governo de centro-direita não tinha maioria para formar o governo, um grande bloco de esquerda foi formado e assumiu o governo, chamado pelos portugueses de “gerigonça”, aos poucos vão aparecendo resultados otimistas.
Foi formado um governo com Antonio Costa a frente, a promessa diante da grave crise financeira foi a de recuperar o déficit social português e acelerar o crescimento, sem comprometer o equilíbrio econômico-financeiro,
A defesa da saúde pública, com a contratação de mais 1.100 médicos, 170 técnicos de laboratório e 1.900 enfermeiros; o crescimento de 6,9%, nos gastos na Educação, com o acréscimo de mais de 3.000 professores à rede de escolas públicas; a redução do desemprego para 9% contra 12,7% em 2015.
A receita para o Brasil não será a mesma, lá com dificuldades consegue dialogar, aqui seria impensável um presidente de centro-esquerda com um governo (aqui uma coalisão de ministérios) de esquerda.
Portugal revisto por um brasileiro
Devíamos estudar mais Portugal devido sua influência na cultura brasileira, mas sabemos os fatos que influenciaram o Brasil: sua dependência da Inglaterra, a busca de “um caminho para as índias”, embora a história possa ser bem diferente e a nossa dependência/independência de Portugal feito por D. Pedro I.
O pouco que sei, Portugal foi marcada pela presença dos Romanos ao longo de mais de 600 anos finalmente pelos Mouros durante cerca de 800 anos, história compartilhada com a Espanha ao longo destes mais de mil anos.
Portugal foi reconhecido como um reino independente em 1143 pelo Rei Afonso I e, com a ajuda dos militares cristãos e foi feito o Tratado de Zamora, celebrado entre D. Afonso VII de Leão e Castela (a Espanha de então) e D. Afonso Henriques que era primo de Afonso VII de Leão e Castela, no mapa de 1150 era ainda menor que hoje (foto).
O nome Portugal veio do condado Portucalense, nascido entre os rios Minho e Douro, quem conhece isto já sabe bastante,
A estabilização as fronteiras em 1297 tornou Portugal o país europeu com as fronteiras mais antigas, também formou nos anos posteriores o primeiro Império global da história, com posses na África, na América do Sul, na Ásia e Oceania.
Uma crise de sucessão em 1580, resultou uma União Ibérica com a Espanha devido principalmente a ofensiva holandesa (inclusive no Brasil), período em que o reino perdeu muito de seu status e riqueza, somente volta a ser independente em 1640 com a dinástica de Bragança, muito conhecida dos brasileiros, mas foi o período em que perdeu sua maior colônia, o Brasil.
Novamente depois deste período deixamos de conhecer a história de Portugal, por motivos óbvios, mas em 1820 os portugueses aprovaram sua primeira constituição,
Em 1926 Portugal teve um golpe de estado iniciando uma ditadura, a partir de 1961 iniciou uma série de guerras coloniais que terminaram em 1974 (revolução dos cravos), quando um governo militar terminou o período salazarista, em 1975 todas posses na África tornaram-se independentes. O ditador faleceu em 1970, mas Marcelo Caetano continuou seu regime até 1974.
A constituição e 1976 definiu Portugal como uma república semipresidencialista, e em 1986 começou a modernização e a inserção do país no espaço europeu com a inserção na Comunidade Econômica Europeia (CEE).
A história recente de Portugal, sua grave crise e a aliança que governa hoje, já falamos em outro post da “gerigonça” veremos depois.
Deconstruct, structure and language
First, it is better to use the term in the plural and justifies: “Deconstruction in the singular can not be simply appropriated by whoever or whatever.”, Because it is linked to what he called ” appropriation “(Derrida, 1991, p.194).
New caution because appropriation refers to language, so much so, that in his 1998 work “Fidélité à plus d’um” stated: “if I were to risk a single definition of deconstruction, I would simply say: more than one language” (p.253), this means studying the phenomenon of communication in a plural world with plural interpretations, which brings it closer to Husserl.
But the problem is intra-language, such as the methafor of bliblic mythical God´s in Babylon, and in this we see the strategy adopted in Husserl’s translation, which seems to forget that he is French, states in one of his translations of the master of phenomenology: “the translation of the usual concepts of Husserlian language, the uses consecrated by the translation the great works of Husserl “, which is in the “Introduction” of the translation of ” L’origine de la géométrie” made in 1962.
According to Derrida, the translation “when mercy seasons justice” of the work of Shakespeare The merchant of Venice, could not be translated like “when le pardão temperes the justice”, as did Victor Hugo, but ” or le droit) “, that is,” when forgiveness brings justice (or right) to this, to exemplify the problem of translation beyond the questions of structures and mythologies as proposed by structuralism, that is, within the cultures themselves questions that escapes the structures and from them “translations” are removed.
That is why the question will be asked when a translation is “relevant”, and the term itself is questioned, which in Derridanian language (I am taking into account its thinking), concerns the law of economics, the possibility of translating a word taking into account the greater number of possible sense games.
So to separate the structure, the form of meaning is only to confuse even more, although we have the debt with the structuralism to penetrate the study of cultures to understand that the sense in the set of one is very different from the content of one situation in another, but the idea of the interpretive translation of the sets of meanings is lacking in this conception.
According to the philosopher Simon Blackburn, structuralism is “the belief that the phenomena of human life are not intelligible except through their interrelations.”hese relations constitute a structure and, behind the local variations of surface phenomena, there are laws cultural extract”, Roland Barthes and Jacques Derrida in applying the literature have discovered that there are variants, which we see are phenomenological.
CES 2018 e as novidades
Esta feira internacional de Eletrônica em Las Vegas, foi realizada no início do mês entre 8 e 12 de fevereiro, mostrando diversos lançamentos de tecnologia, indo desde TVs até celulares de última geração, mas a área de negócios e chips é que prometem maiores avanços.
Após a gafe de segurança dos chips Intel, agora associada a AMD, a empresa revelou detalhes de um novo processador chamado Intel Core de 8ª. Geração, especial com os modelos para processar gráficos Radeon RX Vega M, podendo trabalhar com cargas pesadas de gráficos e realidade virtual.
A Intel e a AMD revelaram mais detalhes do novo processador em que estão trabalhando juntas. Chamado de “Intel Core de 8a geração com gráficos Radeon RX Vega M”, o chip será voltado para PCs e laptops, com foco em cargas de trabalho pesadas em termos gráficos, como Realidade Virtual (VR).
Outro assunto muito comentado no CES 2018 foi o assistente digital da Amazon, o Alexa (foto), que já pode ser usado nos carros, smartphones e também nos escritórios, é provável que logo já sejam incorporados aos laptops e PCs.
Variações em laptops incluem redução da espessura, a nova versão da Dell, o XPS 13 pesa 1,21 kg e possui menos de 12 mm de espessura, com tela 4k quase sem bordas (chamada infinity Edge) e com uma versão sensível ao toque (touchscreen).
O tablet ThinkPad X1 da LeNovo foi outra novidade, display de 12 polegadas, com resolução chamada de 3k (2160 x 1440) a bateria cresceu também em potência, o que dá 10 horas de uso , mas com isto ficou mais pesado com 1,26 k (quer dizer nem tanto).
Não apareceu nenhum híbrido atacando pessoas ou androides controlando a humanidade (claro é para lembrar alguns que tem fantasia demais sobre o assunto).
Teoria, vida e seguimento
Entre as dicotomias infernais da modernidade, certamente a pouco lembrada, mas sempre presente é a ruptura entre teoria e prática, empiristas defendem a experiência (prática) e idealistas, os ideais “puros”, não por acaso tentaram se completar na modernidade.
Hans-Georg Gadamer escreveu em Elogio da Teoria que se considerando que “todos homens anseiam, por natureza, saber, e que a mais elevada felicidade do homem reside na “pura teoria”, e que o seu mais íntimo fundamento (o [que é ser] homem) é um ser teórico”, se o homem desenha conhecer deve elaborar o que pensa sobre as coisas, mesmo que estejam fundadas nas relações práticas, é uma teoria, um “constructo” teórico no pensamento.
Postamos sobre invencionices, mesmices e espírito de rotina, mas talvez o mais pernicioso na vida do homem (o que é muito prático) seja a dificuldade de mudar de rumos, de hábitos, de rotina e principalmente de pensamento, fazer uma ruptura, uma conversão e depois seguir.
Na história sempre que houve uma mudança de pensamento aconteceu alguma ruptura, Spinoza deixou o judaísmo e depois o cristianismo ao construir sua “teoria”, Heidegger foi viver no meio da floresta negra, enfim, é preciso “mudar a rota” para mudar o pensamento.
Na bíblia os discípulos de Jesus Simão e André que pescavam peixes, ao encontrarem o mestre, deixam as redes e saem para caminhar com ele, e o mestre lhes diz (Mc 1,17): “Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens” e o seguiram.
Mas antes André e João, que foram discípulos de João Batista (por isto ele está no texto anterior de Mc 1,14), haviam ido dizer a Pedro que haviam encontrado o Messias, e antes ainda haviam perguntado onde Jesus “morava”, claro o sentido é mais amplo que casa.