Arquivo para novembro 1st, 2013
Os profissionais e a pessoa comum
Jeff Howe ao escrever “O poder da multidão” mostrou o desenvolvimento da Apple e da Microsoft mostrando no capítulo 2, que “no início era tudo muito simples”, mas esqueceu de Dennis Ritchie, sem o qual não haveria nem Apple nem Microsoft, falecido logo depois de Stevie Jobs, ele havia criado uma linguagem que possibilitou o desenvolvimento de hobbistas, e mais tarde do Linux, fazendo algo que poderia ser “compartilhado” com as pessoas comuns, e assim alguém poderia desenvolver um microcomputador e um software em sua casa.
Assim, a crítica em “O culto do amador” de Andrew Keen, que escreveu também Vertigem Digital, sim é possível, mas não generalize, esbravejando com os amadores esclarece que qualquer um pode publicar um blog, postar um vídeo no youtube ou alterar um verbete no Wikipedia, é sim e daí … a anos leio jornais com opiniões dirigidas ao poder e TVs com cultura enlatada, alguem protestou ?
Mas ouvir os outros, e tentar estabelecer um “consenso” não são coisas simples, bastando a vontade “pessoal de uma pessoa”, estas pessoas lendo mais e ouvindo mais se tornam mais “profissionais”, que muitos profissionais com “opinião própria”, gênios cuja única razão de serem populares é dizerem o que os outros querem ouvir, isto sim, é fácil e pouco profissional.
Ouvir muitas pessoas, tentar entender as tendências da “multidão” e caminhar para “consensos” verdadeiros significa ouvir muita gente, amar e se doar a muita gente, e não apenas aos poderosos, aos donos de grupos editorais, ouvir apenas o elitismo e a aquilo que é “cult”, significa ter interesse no destino e na dignidade da pessoa comum.
As redes podem fazer isto, na medida em que forem mais horizontais, mas não significa que sempre fazem isto, afinal temos uma cultura de desprezo ao “homem comum”, mas tenho visto fotos artísticas no Instagram (como a foto acima), vídeos interessantes no Youtube e não tenho vergonha de consultar o Wikipédia, porém em tudo procuro formular minha própria ideia e conceito, mas há autores que afirmam que há tantos verbetes corretos lá quanto na Enciclopédia Britânica.