Baudelaire e o modernismo
Em 1857, no dia 25 de Junho eram publicadas As Flores do Mal de Charles Baudelaire, poeta francês de vida desregrada, que fez o pai o mandar para as Índias, e após receber a herança paterna, a própria mãe o processou.
Considerado um marco da poesia moderna e simbolista, Baudelaire é um retrato de uma sociedade em decadência já no século XIX e serve para entendermos um pouco da sociedade contemporânea, ainda que a matriz brasileira seja ibérica, com ouros nuances.
O simbolisa alemão Carlos Schwabe (pseudônimo de Emile Martin Charles Schwabe) ilustrou com a obra ao lado o livro As flores do mal.
Lançado o livro foi logo violentamente atacado pelo Le Figaro e recolhido por insulto aos “bons costumes”, mas o próprio Baudelaire disse sobre seu livro: «Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu ódio.»
Por causa do livro recebeu uma multa de 300 francos (reduzida depois para 50) e o editor a uma multa de 100 francos e teve ainda que suprimir seis poemas para lançar o livro.
O livro pode ser dividido assim: a queda; a expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio, mas em francês recebeu os nomes: Spleen et Idéal (Tédio e Ideal), Tableux parisien (Quadros Parisienses), Le Vin (O Vinho), Les Fleurs du Mal (As Flores do Mal), Révolte (Revolta) e La Mort (A Morte).
Em breve faremos uma revisitada a semana de arte moderna e a cultura brasileira.