Panamá Papers: a corrupção mundial
Revelações de 11 milhões de documentos envolvendo figuras internacionais, nada menos que 140 políticos de 50 países, associados a empresas offshore (nome que cada vez mais está associado a empresas de lavagem de dinheiro em paraísos ficais), escandalizam o mundo.
São muitos paraísos fiscais, 21 ao todo onde estas empresas estão localizadas, muitos ligados a coroa britânica, razão pela qual já há pressões no país, inclusive envolvendo a coroa e o primeiro-ministro, até a Islândia, famosa por suas reformas, teve o primeiro-ministro envolvido, mas sob pressão popular este rapidamente pediu demissão.
A Islândia é um ícone neste processo, pois a reviravolta no país depois da crise de 2008 era um exemplo, políticos e banqueiros acusados foram presos, e quando o país parecia virar a página, uma empresa chamada Wintris, de propriedade de Gunnlaugsson e esposa até o ano de 2009 apareceu nos paraísos fiscais, a pressão popular foi imediata e ele renunciou.
Os Panama Papers lançam também dúvidas sobre dois dos principais ministros islandeses: Bjarni Benediktsson, ministro das Finanças e da Economia e Olof Nordal, ministra do Interior, apareciam ainda o novo presidente da Argentina Macri e o presidente de Angola e uma rede que não poderia existir sem a aprovação de Macri.
O Jornalismo Investigativo através do Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação, o mesmo do Swiss Leaks aponta a empresa Mega Star Enterprises, sediada no Panamá e criada pela Mossack Fonseca, como uma das fontes de investigação, mas há outras.
Para seguir um bordão conhecido no Brasil, diríamos: é preciso passar o mundo a limpo, fim dos paraísos fiscais e aberturas de processo internacionais, alguns talvez na corte de Haia.