A democracia americana e Snowden
Muitos acreditam que Snowden é um herói, alguém preocupado com a segurança do mundo e do cidadão comum, mas se engana, ele próprio se considera um americano “patriótico”.
Para entender o caso é preciso voltar na história e conhecer o caso de Daniel Ellsberg é autor de “Segredos: uma memória do Vietnã e dos Papéis do Pentágono”, que recentemente escreveu um artigo para o “Washington Post”, reproduzido no Globo.
Na época, relata Daniel, o “New York Times” foi intimado a não publicar os Papéis do Pentágono, em 15 de junho de 1971, tratava-se o primeiro caso “conhecido” de censura prévia a um jornal americano, e por 13 dias Daniel ficou escondido.
O objetivo de Daniel era acabar com a guerra do Vietnã, mas acabou se entregando e as acusações cresceram das três iniciais para 12, com possíveis 112 anos de sentença, minha fiança cresceu para US$ 50 mil,
O artigo de Daniel compara a atual “vigilância” com o Stasi, o Ministério para Segurança do Estado na stalinista “República Democrática Alemã”, com a meta de “saber tudo”. Mas Snowden é claro: “Vale a pena morrer por esse país”.
Quem morrerá pelo povo, pelas pessoas comuns, quem reconhece de fato o direito de expressão ? quem respeita a manifestação de um simples cidadão ? Mas a história é mais antiga, leia “A democracia na América” (livro II download) de Alexis de Tocqueville, lançado em 1835.