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Arquivo para março 14th, 2017

Criatianismo e Idealismo

14 mar

Se a essência do idealismo é a separação de objeto e sujeito, faço uma inversão proposital, a essênciaSaint do cristianismo para Ludwig Feuerbach é separa do sujeito e os objetos sensíveis, e para Feuerbach a consciência do objeto pode ser, embora distinguida da consciência de si, uma consciência que coincide logo em seguida ao se tratar do objeto religioso, devido sua “transcendência” é exatamente o que o faz retornar-se a consciência de Si, explico.

Para Feuerbach, e o objeto sensível está fora do ser (embora a ontologia aqui seja só um apelo), o objeto religioso está nele, é um objeto intrínseco, e tão pouco o abandona, a sua consciência moral o abandona, é um objeto íntimo, e mesmo o mais íntimo, é o mais próximo de todos.

A sua crítica a Teologia, usando o idealismo pressupõe essencialmente um juízo crítico, a “diferença entre o divino· e o não-divino, entre o que é e o que não é digno de adoração”, assim com este dualismo é possível jogar todo a essência do divino na vala comum do Ideal.

A consciência de Deus é a consciência em si do homem, eis o idealismo Hegeliano tornado religião: o conhecimento de Deus é o conhecimento de si do homem.

A negação do sujeito é considerada como irreligiosidade, e sua relação com objetos sensíveis, uma negação do sujeito, eis a religião ateia de Feuerbach, a qual Marx de voltará chamando-a de Velhos Hegelianos, e procura fazer sua inversão, agora do objeto ao sujeito, eis a nova versão “religiosa” dos Jovens Hegelianos, como Marx.

“Não se trata mais do Céu para Terra” disse Marx, mas agora “da terra para o céu”, ou seja, do objeto para o sujeito, da força de trabalho e da produção, para sua divinização.

Se para Marx, a fetichização era a separação do trabalho de seu instrumento de trabalho e da mercadoria, fetichização pode ser a reificação (rex – coisa) ou a objetivação, onde vê a separação do sujeito e o objeto, no fetichismo religioso é a separação do consumo (pecaminoso) e indivíduo (visto sem autonomia) ao qual o religioso deve “assistir”.

A relação justa com o dinheiro, com o trabalho, com a saúde e educação, não é senão uma superação da visão idealista religiosa, sua consumação num homem em relação harmônica com o mundo, e neste caso, também a beleza, a poesia e vida saudável tem perspectiva.

Mas o que é consciência ? amanhã voltamos nisto.