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A questão do ser na filosofia clássica

23 jan

Seja qual for o âmbito da vida social, há um incômodo, HomemClassicoem geral, visto como econômico, de segurança, de bem estar, porém é certo que algo na civilização não vai bem.

Como se deu este processo na cultura ocidental, em especial, mas que influenciou todo mundo? É essencial respondermos isto para reencontrarmos o nosso “ser” e seu caminho.

Sabemos que toda filosofia e vida ocidental teve influência da filosofia clássica, e ela vem de Aristóteles e Platão, essencialmente, mas uma ruptura aconteceria no fim da idade média.

Conforme indica nossa autora (estamos lendo Introdução à ontologia de Mafalda F. Blanc) “vai do objeto da filosofia primeira sofrer uma notável restrição, primeiro ao estudo da substância, depois ao estudo da forma pura, tal como ela existe realizada no primeiro motor”, com isto para ela haveria “um primeiro motor” que colocaria tudo em movimento, então o ente “vai constituir-se como ciência da substância e, num segundo momento, como teologia” (pag. 18).

Assim para Aristóteles a filosofia primeira deve esclarecer “a essência da substância, as suas causas … deve centrar-se na indagação das razões ou causas das substâncias sensíveis, designadamente, na análise das suas formas e essenciais, responsáveis pela atualização das virtualidades da matéria.” (pag. 18)

Desta forma “identificando o estudo do ser ao da substância e a inteligibilidade desta ao plano da forma … “ (pag. 19) ele acabaria por dar “à filosofia primeira o perfil de uma onto-teo-logia, que constituiria, doravante o modelo meta-físico da ontologia subsequente até a crítica kantiana.” (pag. 19)

Quase no final da idade média, o monge Tomás de Aquino, ao separar o objeto da metafísica do “ente enquanto ente” que chama de “ens comune” “aos diversos analogados (Deus e as criaturas)” (pag. 19), então a separação do estudo dos “ser comum” ao conhecimento do “Ipsum esse subsistens … fim último da metafísica, porque causa absolutamente primeira não apenas na ordem da eficiência e da finalidade, mas ainda e sobretudo na ordem radical da existência.” (pag. 20)

Ao contrário da falácia filosófica, a autora Mafalda F. Blanc afirma “é esta noção de causa criadora, legado do judeo-cristianismo, que faltou a Aristóteles para dar à metafísica uma articulação e estrutura sistemática enquanto onto-teo-logia” (pag. 20).

Mas logo a frente, no início da modernidade, este quadro se romperia, continuaremos a questão.

 

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