Os cruxificados de nosso tempo
Para ter inimigos não é preciso declarar uma guerra, basta dizer o que pensa, declarou Martin Luther King, ele acabou sendo morto em 1968, quatro anos depois de recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1964, ele combatia a desigualdade racial nos Estados Unidos.
O princípio de Mohandas Karamchand Gandhi do Satyagraha, frequentemente traduzido como “o caminho da verdade” ou “a busca da verdade”, também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racismo, também havia inspirado Luther King (a operação no Brasil com este nome prendeu vários banqueiros em 2004).
Ghandi conseguiu com este princípio liberar a India do imperialismo britânico, mesmo em meio a guerra Ghandi propôs uma luta pacífica para liberar seu pais, mas em 1942 ele e diversos outros lideres indianos foram presos.
Em 15 de agosto de 1947 a Índia torna-se independente e Nehru é nomeado primeiro-ministro, mas em janeiro de 1948 Gandhi é assassinado por Nathuram Godse, por permitir a separação do Paquistão e ainda pregar que sejam pagas as dívidas aos muçulmanos.
O pacifismo não é uma sujeição aos opressores, mas uma forma de não usar os métodos dos dominadores, dos poderosos e donos do poder.
Jesus foi morto em uma morte tão horrenda, que as descrições dizem que era irreconhecível como um ser humano, porque não fez nenhuma concessão a nenhuma forma de dominação, e ao proclamar-se Filho de Deus atraiu também o ódio dos religiosos do seu tempo.
É tempo do poder da pessoa comum, dos imperfeitos e do homo sacer (os excluídos dos direitos civis), é tempo de Satyagraha.