A estética e a filosofia
Perdeu-se um pouco da estética e da filosofia no interior daquilo que se denomina “arte” na modernidade, mas que na filosofia grega tinha um significado mais amplo o termo grego aisthetiké, ao pé da letra pode ser “aquele que nota, que percebe” portanto está no olhar de quem vê, mais do que no olhar do artista, significando então a percepção do belo, da harmonia.
Para o filósofo alemão A.G. Baumgarten, para descrever aquilo que na sua altura se chamava de “crítica do gosto”, de certa forma então pode significar a nossa percepção da cultura.
Ao longo dos tempos, a filosofia sempre se interrogou a respeito da essência do belo, um tema central de estudo de estética, para Platão significava o bom, e na origem de toda a estética idealista esta noção permanece, mas no caso de Aristóteles, ela significará dois princípios mais realistas: a teoria da imitação (lembra a virtualidade moderna) e a catarse.
A teoria neoplatônica de Plotino que influenciou fortemente A.C.C. Shaftesbury (escola inglesa do sentimento moral) e que influenciará algumas concepções do idealismo romântico, verá apenas o belo como manifestação do espírito e veremos isto em Hegel.
Para ler corretamente Hegel, precisamos retomar o classicismo francês (de Descartes e Boileau-Despréaux), onde aparecerão os conceitos de “clareza” e “distinção” como critérios de beleza, onde é clara a influencia da razão.
A ideia de belo como sublime, vai corroborar com o que Kant determina como caráter “a priori” do juízo estético, identificando o belo como uma “finalidade sem fim” ou ainda como “ciência de todos os princípios a priori da sensibilidade”, eis a estética transcendental.
Nesta escola estarão nomes como Schiller, Goethe e W. Von Humboldt, e influenciaram Hegel.
A pintura de William Blake s(1957-1827) obre Newton (figura) ilustra bem este período.