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Nem sol e nem trevas

01 fev

O que vemos com Trump, o pensamento conservador britânico (BRExit) e francêsComandar (eleições este ano com chances até mesmo da extrema direita chegar ao poder), pode no plano econômico significar uma volta ao período das Riquezas das Nações (obra clássica de Adam Smith no ano de 1776), mas há outras análises possíveis e Sloterdijk é uma delas.

Li e tive que paralisar a leitura da Crítica da Razão Cínica pela contundência da obra, mas aos poucos retornei compreendendo que seu principal empreendimento era uma crítica a “falsa consciência esclarecida” da teoria habermasiana, e também vejo-o agora como o melhor dos pós-frankfurtianos, escola pós-marxista nascida nos EUA que influenciou os anos 60, também anos de chumbo não só no Brasil, mas nas manifestações contra as guerras no oriente e em boa parte da Europa, como as manifestações de Paris de 68.

No final dos anos 80 Peter Sloterdijk lançou Crítica da Razão Cínica, duas décadas depois de ir para a Índia estudar filosofia oriental, seguiu de forma atualizada os passos de Schopenhauer (1788-1640) e Niezstche (1844-1900) que fora também para lá, e com obras filosóficas igualmente “pós-iluministas” e críticos do racionalismo moderno.

Agora interesse dos seus leitores estão em seus livros sobre política e globalização em sua trilogia das já está publicado em português Esferas I: Bolhas, obra de 1998; e os próximos lançamentos serão Esferas II: Globos e Esferas III: Espumas de 2004.

Em Neither Sun nor Death (Nem sol nem a morte, mas sem tradução para o português), Sloterdijk responde ao seu compatriota escritor alemão Hans-Jürgen Heinrichs, comentando sobre questões como a mutação tecnológica, desenvolvimento de meios de comunicação, tecnologias de comunicação, questões bastantes presentes em seu percurso intelectual, como a relevante questão antropotécnica.

Neither Sun nor Death é uma boa introdução a teoria filosófica de Sloterdijk sobre a globalização, e uma boa crítica as correntes francesas representadas neo-iluminisas de Giles Deleuze, Paul Virilio e Gabriel Tarde, e também faz conexões com Heidegger e o místico indiano Osho Rajneesh.

 

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