Vice-presidente da Samsung é preso
22
fev
O mundo está mudando, embora poucos acreditem nisto, se na política há 
retrocessos, na opinião pública parece que estávamos a passos largos para uma sociedade mais coletiva, transparente e livre de corrupções e de corruptos.
A Coréia do Sul, após pedido do Ministério Público, anunciou a prisão do vice-presidente e herdeiro da Samsung, Lee Jae-Yong, após obter provas do seu envolvimento com o escândalo de corrupção do país que já afastou a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, que gerou protestos e muitas manifestações naquele país.
Lee herdeiro do maior conglomerado de empresas da Coréia do Sul, foi investigado por 22 horas seguidas na semana passada pelo caso, é acusado de perjúrio, fraude e suborno, por ter pago cerca de US$ 36 milhões para organizações ligadas a Choi Soon-Sil, amiga da presidente Park, que se tornou pivô do afastamento da presidente da Coréia do Sul.
Choi Soon-sil, amiga da presidente, foi acusada de ter interferido em assuntos oficiais meso sem qualquer cargo no governo e com sua influência e amizade embolsou grandes quantias de dinheiro de companhias e conglomerados da Coreia do Sul, entre elas a Samsung, Hyundai e LG, obtendo milhões de dólares de suborno através de fundações privadas criadas por ela.
No Brasil, o perjúrio é o que se conhece como falso testemunho, como consta no artigo 342 do Código Penal, que diz ser ilegal “fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade” em inquéritos policiais ou processos judiciais, pode dar até 3 anos de cadeia, mas pode nem ser crime.
Na legislação brasileira, o perjúrio cometido por um acusado “não é crime”, porque no Brasil ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. “Uma pessoa na condição de réu não é obrigada a falar a verdade”, fato que causa enormes anomalias nas corrupções nacionais.
Por isto, apesar de uma lista enorme de denunciados, a maioria criminosos, vamos ficar algum tempo sem saber de onde saíram os trilhões de reais roubados das contas públicas.
